Shinkansen a 315 km/h: incidente sem precedentes com os veículos

Problema grave e sem precedentes no shinkansen correndo a 315 quilômetros por hora.

Shinkansen verde Hayabusa se desconectou do vermelho Komachi (foto cedida por passageiro à NHK)

O Tohoku Shinkansen foi desconectado enquanto estava trafegando, o que suspendeu as operações em toda a linha, na quinta-feira (19). Por que ocorreu esse problema sem precedentes, trafegando a uma velocidade de 315 km/h?

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Pouco depois das 8h de quinta-feira, ocorreu uma desconexão entre os veículos do Tohoku Shinkansen, quando passava pela cidade de Osaki (Miyagi), e o condutor teve que pará-lo.

O shinkansen verde Hayabusa partiu da estação de Morioka (Iwate), onde se conectou ao vermelho, Komachi, atrás dele. Mas, por algum motivo foi desconectado. Os freios de emergência do Hayabusa e do Komachi foram ativados automaticamente e pararam. 

O local fica a aproximadamente 6 quilômetros da estação Furukawa em direção a Tóquio. Havia aproximadamente 200 pessoas a bordo do Hayabusa e 120 no Komachi, mas ninguém ficou ferido ou teve mal-estar. Os passageiros ficaram temporariamente retidos no interior dos veículos, por cerca de 4 horas.

Passageiro do Tohoku Shinkansen, do veículo Komachi fotografou o Hayabusa desconectado (NHK)

Como nem o Hayabusa nem o Komachi descarrilaram e, depois de inspecionar seus veículos, cada um deles reduziu a velocidade até a estação Sendai e desembarcou todos os passageiros.

O que aconteceu com o shinkansen?

Os especialistas apontaram que se trata de um incidente extremamente grave que poderia ter causado a colisão ou descarrilamento dos veículos. A JR East está investigando a causa do rompimento da conexão. 

De acordo com JR East, a peça de conexão foi originalmente programada para se desconectar apenas quando a velocidade caísse para menos de 5 km/h. O condutor do shinkansen relatou que não ouviu nenhum ruído e tampouco sentiu alguma vibração quando aconteceu a desconexão. 

O que aconteceu nem a JR East sabe explicar. Depois de apresentar o pedido de desculpas, dizendo que isso nunca tinha ocorrido antes, a causa está sendo investigada para evitar a recorrência.

De acordo com o jornalista ferroviário Atsushi Umehara, a causa pode ter sido um problema no sistema elétrico e não um erro humano. A conexão é controlada inteiramente por sistemas elétricos, sendo possível que o dispositivo desconexão tenha sido acionado após a partida.

O Conselho de Segurança dos Transportes do Japão expressou a opinião de que o incidente não constituiu em um grave porque o equipamento de segurança foi ativado e não houve risco de acidente.

Veículo Komachi do Tohoku Shinkansen (NHK)

JR East tem enfrentado problemas graves

Desde o início deste ano, a JR East tem enfrentado grandes problemas, fazendo questionar o que tem acontecido com a segurança do shinkansen.

Em janeiro, uma peça que ajusta a tensão do fio aéreo entre a Estação Ueno e a Estação Omiya quebrou e um veículo em movimento entrou em contato com o fio suspenso. Isso causou um acidente em que um trabalhador que trabalhava em obras de restauração foi eletrocutado e ficou gravemente ferido.

Em março, um shinkansen ultrapassou seu ponto de parada em aproximadamente 500 metros na estação Koriyama (Fukushima). Acredita-se que o veículo não diminuiu a velocidade porque as rodas escorregaram sobre os trilhos.

Em abril, o óleo do motor vazou nos trilhos de um veículo de inspeção perto da estação de Fukushima, no Tohoku Shinkansen, antes da partida. Devido a esse problema, a operação teve que ser suspensa.

Fontes: NHK e RAB

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Panasonic fará repatriamento temporário dos funcionários e familiares após morte do menino na China

Publicado em 20 de setembro de 2024, em Ásia

Com o aumento da ansiedade nos expatriados na China por causa do assassinato do menino japonês de 10 anos, famílias consideram voltar ao Japão.

Flores enfileiradas em frente à escola japonesa onde o menino estudava, maioria oferecida pelos chineses (NHK)

Após a morte do menino japonês de 10 anos, vítima de um ataque a faca a caminho da escola japonesa em Shenzhen, província de Guangdong, na China, na quinta-feira (19), algumas empresas nipônicas estão tomando medidas para o repatriamento temporário de seus funcionários e familiares. O assassino, 44, chinês, foi preso pelas autoridades policiais locais, mas não há informação sobre a motivação.

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A ansiedade em relação à segurança está aumentando entre os japoneses que vivem na China. Por isso, a Panasonic Holdings anunciou no mesmo dia, quinta-feira, que seus funcionários na China e seus familiares acompanhantes serão indenizados pelas despesas de volta temporária, dependendo da situação. 

A empresa afirma que priorizará a segurança e a saúde e também tomará medidas como a criação de um balcão de aconselhamento e a oferta de regimes de trabalho flexíveis.

Masanori Katayama, presidente da Associação Japonesa de Fabricantes de Automóveis, disse: “A segurança dos funcionários expatriados e de suas famílias é a questão mais importante. Existem algumas regiões em todo o mundo que estão em risco, por isso estamos gerindo com a determinação de garantir a segurança em primeiro lugar”.

O governo japonês também anunciou uma política de apoio ao repatriamento temporário.

Em junho, uma mãe japonesa e seu filho foram esfaqueados por um chinês, na faixa dos 50 anos, enquanto esperavam pelo ônibus escolar em Suzhou, província de Jiangsu.

Fontes: Sankei e NHK

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