Vítimas de esterilização forçada no Japão devem receber ¥15 milhões cada

Grupo de legisladores japoneses está considerando exigir que o governo pague ¥15 milhões em danos a cada vítima de esterilizações forçadas conduzidas sob a extinta lei de eugenia.

A lei de eugenia forçava certas pessoas a passarem por operações para evitar que elas tivessem filhos considerados ‘inferiores’ (ilustrativa/banco de imagens)

Um grupo suprapartidário de legisladores japoneses está considerando exigir que o governo pague ¥15 milhões em danos a cada vítima de esterilizações forçadas conduzidas sob a extinta lei de eugenia, disseram pessoas com conhecimento do assunto na quarta-feira (11).

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O grupo planeja apresentar a legislação para realizar os pagamentos a uma sessão parlamentar que deve ser convocada neste outono.

Em ações judiciais movidas contra o governo, o Tribunal Supremo garantiu em julho até ¥15 milhões em danos para cada vítima de esterilizações forçadas e ¥2 milhões para cada um de seus cônjuges.

Os advogados dos demandantes haviam pedido ao grupo de legisladores que garantissem ¥15 milhões por pessoa seja pago às vítimas e ¥5 milhões aos seus cônjuges.

A lei de eugenia no Japão

A lei, que ficou em vigor por 48 anos, forçava pessoas a passarem por operações para evitar que elas tivessem filhos considerados “inferiores”.

Muitas delas tinham deficiências físicas ou cognitivas, ou doença mental.

A lei foi amplamente reconhecida como um capítulo negro na recuperação pós-guerra do Japão e eliminada em 1996.

Fonte: Nippon

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Escândalo na JR: trens de carga suspensos, afeta logística da Yamato e Sagawa

Publicado em 12 de setembro de 2024, em Economia

Além das empresas de logística, as fabricantes de bebidas e cosméticos também foram impactadas com esse escândalo que paralisou 864 trens de carga.

Trem de carga da JR Freight (Wikimedia)

A JR Freight suspendeu a operação de todos os trens de carga de contêineres, alvos do escândalo, pois mais 300 foram confirmados com problema de fraude na quarta-feira (11), além dos 564 que haviam sido confirmados até o dia anterior. 

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A companhia JR Freight anunciou sobre a fraude, incluindo falsificações de dados, que vinham ocorrendo há pelo menos 10 anos durante os trabalhos de fixação de eixos nas rodas dos trens de carga durante a manutenção.

Em resposta, a empresa suspendeu temporariamente todas as operações desses 864 trens de carga desde quarta-feira para realizar inspeções, disse o presidente da JR Freight, Shin Inukai.

Segundo a companhia, essa frota cuja fraude foi confirmada representa pouco mais de 10% de todos os trens, por isso, para reduzir o impacto na logística, tomou medidas para transferir os transportes para outros que comportem as cargas.

Em relação à JR Freight, o Ministério de Terras, Infraestruturas, Transportes e Turismo do Japão (MLIT) decidiu realizar auditorias especiais de segurança com base na Lei de Negócios Ferroviários nas 3 filiais onde se descobriu a fraude, a partir de quarta-feira.

Impacto nas grandes empresas de logística

O cancelamento das operações de trens de carga pela JR Freight afetou as empresas de logística que utilizam as ferrovias como meio de transporte. Para essas empresas, os trens são viáveis por questões logísticas e ambientais. 

Sagawa: está enfrentando atraso nas entregas das encomendas e está usando meios de transporte alternativos

Yamato: também considera outros meios de transporte, pois já está amargando atrasos de um dia ou mais em relação às entregas de terça e quarta-feira, nas linhas de Kanto a Kyushu e Hokkaido

Fukuyama: as entregas das encomendas de Kanto a Kinki, Shikoku e Kyushu, estão com atraso 

Transporte de cervejas e cosméticos também afetado

A Sapporo Group Logistics, que é subsidiária da Sapporo HD, transporta cerveja e outros produtos, também passa por alguns ajustes devido a atrasos nas entregas. 

A Asahi Breweries e Kirin Beverage também afirmam que parte de seu transporte de cerveja e bebidas foi afetado.

Outra que foi afetada é a Shiseido, gigante na fabricação de cosméticos.

Fontes: NHK e Nikkei

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