O Conselho de Educação da Província de Ibaraki reforçará o apoio ao ensino da língua japonesa para as crianças estrangeiras que frequentam escolas públicas do primário e ginásio.
Desde o ano fiscal de 2024, a cidade de Joso (Ibaraki), onde vivem muitos brasileiros, está sendo usado como modelo e, para isso, 8 profissionais de apoio que falam português foram designados para as escolas da cidade para oferecer ensino da língua japonesa.
Professores de japonês e a equipe de apoio trabalham em pares e ministram ensino da língua nipônica de acordo com o nível de proficiência dos alunos. As aulas são realizadas, basicamente, todos os dias durante 2 horas nas escolas primárias e 3 horas nas ginasiais.
Além desse ensino da língua japonesa, os professores japoneses e os orientadores do apoio visitam as escolas brasileiras uma ou duas vezes por mês para realizar intercâmbio e fornecer orientação no local.
Na Escola Primária Mitsukaido, na cidade homônima, há cerca de 100 crianças estrangeiras, incluindo brasileiras, representando cerca de 20% dos alunos.
Um dos profissionais de apoio destacou que o motivo pelo qual o número de brasileiros matriculados nas escolas públicas japonesas está aumentando: “As mensalidades nas escolas brasileiras estão aumentando”.
Cauã Abe, de 9 anos, brasileiro, aluno do 4.º ano que recebe aulas de língua japonesa na Escola Primária Mitsukaido, disse: “As aulas de japonês são divertidas, quero estudar e me tornar um chef no Japão no futuro”.
Em 1.º de outubro, a população residente registrada na cidade de Mitsukaido é de 37.325 pessoas, sendo que 3.558 são estrangeiras. Ou seja, 1 em cada 10 da população é estrangeira.
De acordo com o Conselho de Educação da Província de Ibaraki, o número de estudantes estrangeiros aumenta ano a ano. Este ano ultrapassou a casa dos 4 mil, sendo que desses, 1.862 necessitam de suporte no idioma japonês, o dobro nos últimos 10 anos.
“Forneceremos apoio aos estudantes estrangeiros para que possam compreender o japonês, expressar seus pensamentos e sentimentos e aproveitar a vida escolar”, disse um porta-voz do conselho.
Fonte: Ibaraki News