Na 22.ª edição da Shibuya Fashion Week, realizada em 20 deste mês, nas ruas de Shibuya, foi introduzida na coleção artigos de segunda mão ou de brechó.
No desfile, os figurinos criados pelos alunos do Fashion College foram refeitos (remake) a partir dos uniformes da Tokyu Corporation. A empresa que renovará seus uniformes de funcionários no próximo mês pela primeira vez em 16 anos, doou as peças que não serão mais usadas. Foram criadas novas roupas com esses uniformes, como por exemplo, uma parte do ombro à mostra com uma gola de camisa social.
De acordo com a última pesquisa do Yano Research Institute, o mercado nacional de moda de brechó se expandiu pelo quarto ano consecutivo desde 2019. No ano passado, atingiu 1,15 trilhão de ienes e há uma expectativa que continue a crescer.
Em 25 deste mês, a Uniqlo começou a vender roupas de segunda mão pela primeira vez na sua grande loja na província de Gunma. Os preços nesse brechó são fixados em 20% a 70% mais baratos que os produtos novos.
Por exemplo, uma peça em fleece sai por mil ienes e um suéter de lã tem etiqueta de 1,2 mil ienes.
O corner de brechó da Uniqlo, em duas lojas, a de Setagaya em Tóquio, e a de Tenjin, em Fukuoka, foi criado por tempo limitado até agosto, mas acabou sendo estendido. Com a inclusão da loja de Gunma, são 3 no país com esse segmento.
Segundo Eiko Shelba, da equipe de Marketing de Sustentabilidade da Uniqlo, “chega um momento em que você tem a pessoa quer se desfazer das suas roupas porque se cansa delas ou elas começam a desfiar. Uma forma de criar novo valor nessas roupas é o brechó”. Diz que é uma oportunidade de atrair novos clientes.
No próximo mês, a Fast Retailing – operadora da Uniqlo – planeja adicionar o brechó como novo alvo de negócios e espera expandir seriamente nesse segmento.
À medida que os consumidores se tornam mais conscientes dos preços devido ao aumento deles, as roupas de segunda mão se tornaram uma boa opção. As pessoas criativas podem usar essas peças para remake, criando uma nova versão.
Fonte: JNN