A sífilis é causada por infecção por uma bactéria em formato de saca-rolhas chamada Treponema pallidum (ilustrativa/banco de imagens)
Governos locais no Japão estão pedindo cuidado e testes devido a um rápido aumento nos casos de sífilis, com novas infecções no ritmo de alcançar o recorde de ocorrências do ano passado.
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Desde meados de setembro, 10.162 novos casos de sífilis haviam sido reportados neste ano, de acordo com dados preliminares.
A sífilis é causada por infecção por uma bactéria em formato de saca-rolhas chamada Treponema pallidum. Ela é transmitida principalmente através de contato direto com membranas mucosas e pele durante relação sexual.
Sintomas incluem caroços de tamanho pequeno ou médio ou feridas na área genital e boca, e erupções cutâneas que se espalham por todo o corpo, incluindo mãos e pés. Se deixada sem tratamento, lesões podem se desenvolver no coração, cérebro e outras partes do corpo, causando danos permanentes.
Em torno de 1999, quando o Instituo Nacional de Doenças Infecciosas do Japão começou a usar seu atual método de contagem, casos de sífilis giravam em cerca de 500, mas após exceder mil pela primeira vez em 2013, eles continuaram a aumentar.
Casos ultrapassaram 10 mil pela primeira vez em 2022 quando restrições relacionadas à covid-19 começaram a ser abrandadas, e chegaram a um recorde de 14.906 em 2023. Os números de 2023 e 2024 são preliminares.
Os homens contaram por cerca de 65% de todos os casos em janeiro a junho deste ano. Enquanto cerca de 60% das mulheres infectadas tinham na faixa dos 20 anos, a idade dos homens infectados variou de 20 a 50.
Há alguns fatores por trás do aumento nas infecções. O primeiro é a promiscuidade sexual, junto com encontros online. A pandemia de coronavírus também representou uma influência.
Centros de saúde pública estavam ocupados com pacientes de covid-19 e ficaram impossibilitados de conduzir testes de sífilis devido à escassez de funcionários. Como testes e detecção diminuíram, infecções se espalharam mais amplamente.
De preocupação particular está a sífilis congênita, em que a doença é transmitida da mãe para o feto.
Sintomas nem sempre estão presentes no nascimento, mas podem se desenvolver a partir de erupções cutâneas e anormalidades ósseas em vários meses à inflamação ocular, perda de audição e outros problemas após vários anos.
Houve 37 casos de sífilis congênita no Japão em 2023, entretanto, os números foram altas recordes. Desde junho deste ano, 14 casos já foram registrados a nível nacional.
Fonte: Asia Nikkei