Está “praticamente certo” que 2024 ofuscará 2023 como o ano mais quente desde o início dos registros, disse na quinta-feira (7) o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas da União Europeia (C3S)
A data foi divulgada antes da cúpula do clima COP29 das Nações Unidas na próxima semana no Azerbaijão, onde países tentarão entrar em acordo em relação a um grande aumento em fundos para combater a mudança climática.
A vitória de Donald Trump na eleição presidencial nos EUA diminuiu expectativas para as conversas.
O C3S disse que de janeiro a outubro, a temperatura média global havia sido tão alta que 2024 com certeza será o ano mais quente já registrado no mundo, a menos que uma anomalia de temperatura no resto do ano caísse para perto de zero.
Os cientistas também disseram que 2024 também será o primeiro ano em que o planeta está 1,5ºC mais quente do que no período pré-industrial de 1850-1900, quando os humanos começaram a queimar combustíveis fósseis em uma escala industrial.
Emissões de dióxido de carbono da queima de carvão, petróleo e gás são as principais causas do aquecimento global.
“Os limites que foram estabelecidos no acordo de Paris estão começando a se fragmentar dado o ritmo lento de ação climática no mundo”, disse Sonia Seneviratne, cientista climática na universidade de pesquisa pública ETC Zurich.
Em outubro, inundações repentinas catastróficas mataram centenas de pessoas na Espanha, incêndios florestais recordes cobriram o Peru e enchentes em Bangladesh destruíram mais de 1 milhão de toneladas de arroz, fazendo com que os preços do alimento disparassem.
Nos EUA, o furacão Milton também se intensificou devido à mudança climática causada pelos humanos.
Fonte: Japan Today