A renomada Forbes divulgou o relatório anual InterNations 2024 que classifica as melhores cidades do mundo para se viver, segundo o ponto de vista dos estrangeiros.
Muitos americanos querem deixar o país após o resultado das eleições presidenciais que deram vitória a Donald Trump. No Brasil, a atual situação político-econômica vem empurrando seus cidadãos a buscar um novo país que os acolha.
O relatório deste ano é baseado em dados de mais de 12,5 mil expatriados (pessoas que residem em um país diferente do seu de origem, por um período significativo) que vivem em 53 cidades em 35 países. O relatório avalia as cidades em cinco índices principais: qualidade de vida, facilidade de adaptação, finanças pessoais e outros.
No ranking das 25 melhores cidades escolhidas, 5 são da Espanha. Após uma breve queda para o terceiro lugar em 2023, Valência — que foi nomeada a melhor cidade para viver no mundo em 2022 — está de volta ao primeiro lugar na lista de 2024. É conhecida por suas praias deslumbrantes, cultura rica e estilo de vida acessível, obtém notas altas no índice de qualidade de vida, ficando em primeiro lugar no geral.
Espanha brilha em 2024 para os estrangeiros
Valência não é a única cidade espanhola a ter destaque. Málaga e Alicante ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, solidificando a reputação da Espanha como um paraíso para os estrangeiros.
Málaga ocupa o segundo lugar geral e o primeiro no índice de facilidade de acomodação. Ela tem os expatriados mais felizes do mundo. No entanto, a cidade cai no índice de trabalho no exterior, em 44.º, pelos desafios nas perspectivas de carreira e segurança no emprego. Ainda assim, para os 43% dos entrevistados aposentados, Málaga continua sendo uma escolha idílica, com 99% dos expatriados elogiando seu clima ensolarado.
Alicante é outra história de sucesso espanhola, ocupando o terceiro lugar geral. A cidade se destaca no índice de itens essenciais para expatriados, onde ocupa o sétimo lugar, graças à moradia acessível e infraestrutura digital acessível. Quase 70% dos entrevistados dizem que a moradia de Alicante é acessível.
Madri fica em 7.º lugar, enquanto Barcelona cai para 21.º, uma queda significativa em relação aos anos anteriores. Apesar da classificação mais baixa deste ano, Barcelona ainda impressiona com sua oferta cultural e culinária, que está entre as melhores do mundo.
Melhores cidades para se viver no mundo: outros destaques globais
Além da Espanha, as 10 principais cidades refletem geografias e estilos de vida diversos. Cidade do Panamá e Cidade do México completam as 5 principais, destacando-se em finanças pessoais e facilidade de se estabelecer.
Bangkok, capital da Tailândia, está em 6.º lugar, com estrangeiros apreciando seu baixo custo de vida e atmosfera acolhedora. Outros desempenhos altos incluem duas cidades dos Emirados Árabes Unidos — Abu Dhabi e Dubai — que brilham em itens essenciais para expatriados, graças a moradias acessíveis, administração eficiente e infraestrutura digital robusta.
Ranking das 25 melhores cidades do mundo para viver
- Valência, Espanha
- Málaga, Espanha
- Alicante, Espanha
- Cidade do Panamá, Panamá
- Cidade do México, México
- Bangkok, Tailândia
- Madri, Espanha
- Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
- Dubai, Emirados Árabes Unidos
- Viena, Áustria
- Lisboa, Portugal
- Kuala Lumpur, Malásia
- Basileia, Suíça
- Mascate, Omã
- Atenas, Grécia
- Cidade de Luxemburgo, Luxemburgo
- Cidade de Ho Chi Minh, Vietnã
- Amsterdã, Holanda
- Copenhague, Dinamarca
- Ras Al Khaimah, Emirados Árabes Unidos
- Barcelona, Espanha
- Zurique, Suíça
- Estocolmo, Suécia
- Taipei, Taiwan
- Nairobi, Quênia
10 cidades com as piores classificações para viver
- Vancouver, Canadá
- Hamburgo, Alemanha
- Toronto, Canadá
- Munique, Alemanha
- Istambul, Turquia
- Colônia, Alemanha
- Milão, Itália
- Berlim, Alemanha
- Frankfurt, Alemanha
- Roma, Itália
As cidades dos Estados Unidos e Canadá, como Nova Iorque, Vancouver e Toronto que oferecem boas opções gastronômicas e culturais, foram apontadas com custo de vida muito caro, principalmente em relação à moradia e com perspectivas de carreiras limitadas, o que as fizeram não aparecer entre as 25 melhores do ranking.
As do Japão e do Brasil não apareceram em nenhum desses dois rankings, embora em relação ao turismo sejam bem cotadas.
Fonte: Forbes