Israel diz que ‘atacará com força’ se o Hezbollah quebrar o cessar-fogo (banco de imagens)
Israel aprovou um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA com o Hezbollah do Líbano na terça-feira (26) que encerraria um combate de aproximadamente 14 meses ligado à guerra na Faixa de Gaza.
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O cessar-fogo marcaria o primeiro grande passo em direção a encerrar uma instabilidade desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Contudo, isso não endereça a guerra devastadora em Gaza, onde o Hamas ainda está mantendo dezenas de reféns e o conflito é mais difícil.
O Gabinete de segurança de Israel aprovou o acordo de cessar-fogo, que deve entrar em vigor nesta quarta-feira (27), após ele ter sido apresentado pelo primeiro-ministro Benjamim Netanyahu, disse seu escritório.
O presidente dos EUA, Joe Biden, falando em Washington, chamou o acordo de “boa notícia” e disse que sua administração faria um esforço renovado para um cessar-fogo em Gaza.
Donald Trump, presidente eleito dos EUA, prometeu trazer paz no Oriente Médio sem dizer como. A administração de Biden passou muito tempo neste ano tentando mediar um cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, mas as negociações foram suspensas repetidamente.
Mesmo assim, qualquer suspensão no combate no Líbano deve reduzir a probabilidade de guerra entre Israel e Irã, o qual apoia o Hezbollah e o Hamas e trocou fogo direto com Israel em 2 ocasiões no início deste ano.
Israel diz que “atacará com força” se o Hezbollah quebrar o cessar-fogo.
Netanyahu apresentou a proposta de cessar-fogo a ministros do Gabinete após um discurso televisivo em que ele listou uma série de realizações contra os inimigos de Israel por toda a região.
Ele disse que um cessar-fogo com o Hezbollah isolaria ainda mais o Hamas em Gaza e permitiria que Israel focasse em seu principal inimigo, o Irã, que apoia ambos os grupos.
“Se o Hezbollah quebrar o acordo e tentar se rearmar, atacaremos”, disse ele. “Por cada violação, atacaremos com força”.
O cessar-fogo pede por 2 meses iniciais de suspensão no combate e exigiria que o Hezbollah terminasse sua presença armada em uma ampla faixa no sul do Líbano, enquanto tropas israelenses retornariam para o seu lado da fronteira.
Biden disse que Israel reservou o direito de retomar operações rapidamente no Líbano se o Hezbollah quebrar os termos do cessar-fogo, mas o negócio “era designado a ser uma suspensão permanente de hostilidades”.
O escritório de Netanyahu disse que Israel apreciava os esforços dos EUA em garantir o acordo, mas “reserva o direito de agir contra qualquer ameaça a sua segurança”.
Fonte: Mainichi