Cenas do aeroporto logo após o tiroteio (Guarulhos Todo Dia)
Um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na tarde de sexta-feira (8), horário de Brasília, resultou na morte de um homem e deixou três pessoas feridas, gerando pânico.
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A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para isolar a área e dar início às investigações. As informações preliminares sugerem que o ataque – possivelmente a fuzil – pode ter sido uma emboscada planejada por uma organização criminosa. De acordo com informações da Polícia Civil, o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que chegou a ser jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), foi baleado e atendido mas não resistiu.
Segundo as informações, 4 pessoas foram baleadas, sendo um deles funcionário do aeroporto e outro segurança do empresário. As 3 vítimas de ferimentos foram socorridas a hospitais da região e não correm risco de vida.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo comunicou que “o DHPP e a DEATUR investigam as circunstâncias do homicídio ocorrido na tarde de sexta-feira, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Mais informações serão divulgadas ao término do registro da ocorrência”.
As viaturas da Polícia Militar foram vistas na rodovia Hélio Smidt, perto do terminal, fazendo buscas pelos criminosos. A PM encontrou um Gol preto abandonado na avenida Otávio Braga de Mesquita, no bairro da Vila Barros, em Guarulhos, poucos minutos depois do tiroteio. O carro teria sido usado pelos atiradores.
Quem era o empresário Vinicius Gritzbach
Gritzbach tinha 38 anos de idade e havia desembarcado no Aeroporto de Guarulhos com a namorada. Apesar de estar protegido por dois seguranças, não escapou do atentado.
O empresário chegou a permanecer um período preso, mas estava em liberdade condicional desde junho de 2023. Ele era acusado de ser o responsável pela morte de dois narcotraficantes do alto escalão do PCC: Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.
Na denúncia, o Ministério Público de São Paulo diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach era ex-diretor da Porte Engenharia. Em uma delação premiada, homologada pela Justiça em abril deste ano, o empresário, naquela ocasião, afirmou ter ciência de ao menos dez imóveis vendidos pela Porte para membros do PCC. Ele confessou que participou de esquemas de lavagem de dinheiro da organização criminosa.
A polícia investiga esse tiroteio como possível retaliação. Esse crime, segundo a Jovem Pan, levanta questões sobre a segurança do aeroporto, um dos mais movimentados da América do Sul.
Fontes: Guarulhos Todo Dia e Jovem Pan