O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que deixou de emitir temporariamente os vistos de trabalho para a empresa BYD, informou no sábado (28).
A medida é preventiva e válida até que a montadora se explique na justiça.
No dia anterior, o Ministério da Justiça do Brasil anunciou que revogará as autorizações de residência dos trabalhadores caso sejam confirmadas fraudes nos canteiros de obras.
A maior empresa de veículos elétricos (VE) da China, BYD, resolveu a questão dos 163 trabalhadores chineses sendo forçados a trabalhar em “condições análogas à escravidão” nas obras de uma fábrica que está sendo construída em Camaçari (Bahia), no Brasil.
BYD reafirma que não tolera desrespeito às leis do Brasil
Em 23 deste mês, os funcionários do Ministério Público do Trabalho (MPT) fizeram o resgate dos 123 chineses que trabalhavam no canteiro de obras. Também destacou que os trabalhadores foram vítimas de tráfico internacional de pessoas.
No mesmo dia, a BYD anunciou o rompimento do contrato com a empresa terceirizada, a construtora Jinjiang, que confiscou os passaportes dos trabalhadores e restringiu a liberdade.
“A BYD Auto do Brasil reafirma que não tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana. Diante disso, a companhia decidiu encerrar imediatamente o contrato com a empreiteira para a realização de parte da obra na fábrica de Camaçari (BA) e estuda outras medidas cabíveis. A BYD Auto do Brasil reforça que os funcionários da terceirizada não serão prejudicados por essa decisão, pois vai garantir que todos os seus direitos sejam assegurados”, diz um trecho da nota.
Todos os trabalhadores resgatados foram transferidos para os hotéis da região, informou a montadora.
Fontes: Saitama Shimbun, Poder 360 e Jovem Pan