Casos de parvovírus B19, que causa o eritema infeccioso, comumente conhecido como doença da bofetada, ou ainda quinta doença ou doença da maçã, devido às erupções cutâneas vermelhas típicas nas bochechas, estão se espalhando na região Kanto e em outras partes do país em seu primeiro grande surto desde 2019.
A Sociedade de Doenças Infecciosas do Japão em Obstetrícia e Ginecologia (JSIDOG) emitiu um alerta, citando que o surto pode persistir e potencialmente levar a uma epidemia nacional até 2025.
O vírus representa riscos em particular para grávidas, visto que ele pode aumentar a probabilidade de aborto ou complicações em recém-nascidos se gestantes forem infectadas pela primeira vez na vida.
Sintomas inicias são similares aos de gripe
A doença afeta primariamente crianças e tende a ressurgir a cada 4 a 5 anos.
Ela se espalha através de gotículas respiratórias de espirro ou tosse, assim como por meio de itens compartilhados.
Sintomas iniciais são similares aos de uma gripe comum, seguidos pela aparição de erupção cutânea vermelha nas bochechas, que tipicamente dura 1 semana.
De acordo com dados de aproximadamente 3 mil instalações médicas que relataram casos ao Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) do Japão, os casos começaram a aumentar em torno de agosto.
Para a semana de 25 de novembro a 1º de dezembro, houve 0.89 caso por instituição
A grande área da capital do Japão está registrando taxas particularmente altas, com casos por instituição médica reportados a 3.49 na província de Saitama, 3.02 em Tóquio, 2.17 em Kanagawa e 2.1 em Chiba.
Alertas de saúde foram emitidos em todas essas jurisdições.
Riscos em particular para gestantes
O JSIDOG estima que 20% a 50% das grávidas no Japão já têm anticorpos contra o vírus.
Entretanto, grávidas que são infectadas pela primeira vez podem passar o vírus para o feto através da placenta. Isso pode resultar em um risco de aborto ou morte fetal de 6% e 4% de chance de condições como anemia ou edema no feto.
Hideto Yamada, diretor no JSIDOG e chefe do centro de aborto recorrente no Hospital Teine Keijinkai em Sapporo (Hokkaido), enfatizou a importância da prevenção.
“Grávidas geralmente são infectadas pelos seus filhos, maridos ou outros membros da família”, explicou ele.
“Elas devem tomar precauções em casa, como lavar as mãos, usar máscara e evitar contato próximo durante surtos”.
Fonte: Mainichi