Cidadãos chineses ou companhias compraram 203 propriedades ou terrenos próximos a instalações identificadas pelo governo japonês como fundamentais para a segurança nacional no ano passado, alimentando novo alerta sobre posse estrangeira em áreas estrategicamente sensíveis do país.
Um estudo divulgado pelo Escritório do Gabinete do Japão na segunda-feira (23) confirmou que cidadãos estrangeiros ou entidades adquiriram um total de 371 propriedades ou terrenos dentro de 1Km de uma “zona especialmente monitorada”, que inclui bases militares para as Forças de Autodefesa do Japão ou o exército dos EUA, portos ou aeroportos com potencial de uso duplo no caso de uma emergência nacional ou ministérios do governo na central de Tóquio.
“O governo está desenvolvendo ideias de uma sensibilidade maior para o que potencialmente poderia acontecer e está menos disposto a ignorar ideias que pareciam improváveis antes da Rússia ter invadido a Ucrânia”, disse Jeff Kingston, diretor de Estudos Asiáticos da Universidade Temple em Tóquio.
“Acredito que está claro que há uma necessidade crescente de tentar disseminar quem está se mudando para bairros em torno dessas bases e outras instalações e que podem potencialmente serem capazes de comprometer suas operações”, disse ele à This Week in Asia.
A designação de terrenos próximo a locais sensíveis foi introduzida sob uma lei que entrou em vigor no ano de 2022, com 583 locais em todo o país agora cobertos pela legislação.
Entidades da China continental foram os maiores compradores de propriedades nessas áreas, seguida pelos sul-coreanos, que adquiriram 49 e taiwaneses que obtiveram 46.
Fonte: SCMP