Autoridades na China estão investigando uma clínica de medicina tradicional chinesa (MTC) na província de Hubei, central do país, após pelo menos 15 pessoas terem morrido enquanto buscavam tratamento para câncer.
Localizada em uma cadeia de montanhas no norte, a Yaowang Valley Traditional Chinese Medicine Clinic, ganhou atenção disseminada quando seu fundador, Wu Pengfei, afirmou usar MTC para curar câncer e foi descoberto que ele se engajou em falsas divulgações, de acordo com reportagens de veículos de mídia da China.
A clínica foi multada em 417 mil iuans (US$57.360) por se engajar em “atos ilegais” como usar profissionais fora da área da saúde para realizar práticas médicas. Ela também falhou em manter registros de compras de medicamentos e prescrições.
De acordo com o artigo publicado pelo Beijing News, a clínica foi aberta em 18 de abril e fechada em 31 de maio. Ela atraiu 392 pacientes, sendo que 15 deles morreram e 20 ficaram gravemente doentes, acrescentou a reportagem.
Em um vídeo promovendo a clínica e seus serviços, um cúmplice de Wu chamado Hou Yuanxiang afirmou que ele tinha “habilidades médicas únicas” e foi a “primeira pessoa na China a tratar câncer usando MTC”.
Anteriormente, ele foi condenado por produzir e vender medicamentos falsificados e atualmente está enfrentando acusações relacionadas a violações de gestão de medicamentos.
Wu também havia afirmado que os tumores de mais de 3 mil pacientes haviam desaparecido após serem tratados por Hou e que a taxa de cura de câncer promovida por eles era de mais de 80%.
Citado na reportagem, um ex-médico que trabalhou na clínica e não foi identificado, revelou que acônito chinês, uma raiz tóxica nativa do leste asiático e partes da Rússia, era usado para produzir medicamentos.
Fonte: Channel News Asia