Logo da Nomura Shoken (NHK)
Em resposta ao caso em que um ex-funcionário da Nomura Securities foi acusado de roubo, tentativa de homicídio e incêndio criminoso, a diretoria da empresa realizou uma coletiva de imprensa na terça-feira (3), na qual o presidente Kentaro Okuda anunciou que, embora fizesse um corte, voluntariamente, na remuneração dos altos executivos, ele não renunciaria.
“Como instituição financeira a quem foram confiados bens valiosos, isto é absolutamente inaceitável”, lamentou e se desculpou pelo que fez o ex-funcionário.
Ex-funcionário acusado
Um homem que trabalhava com vendas na Nomura Securities foi acusado em novembro por roubo e tentativa de assassinato de uma cliente na cidade de Hiroshima, além do incêndio criminoso, em 28 de julho deste ano.
A vítima foi uma cliente na faixa dos 80 anos. O então funcionário a fez beber uma droga, ateou fogo em sua residência na tentativa de matá-la e roubou 17,87 milhões de ienes.
A empresa realizou sua primeira coletiva de imprensa, cerca de 4 meses após tomar conhecimento da ocorrência.
Salários reduzidos de 10 da diretoria
Presidente da Nomura Shoken (NHK)
O presidente Okuda pediu desculpas e anunciou que 10 altos executivos, incluindo ele mesmo, terão cortes de 20% a 30% de seus salários durante 3 meses. “Não penso em renunciar”, disse. Esclareceu sua intenção de trabalhar para evitar a recorrência.
Foi esclarecido na coletiva de imprensa que, o então funcionário acusado, naquela ocasião, não comunicou que faria a visita à cliente no feriado, o que contraria as regras da empresa. A partir dessa ocorrência, a empresa verificará os dados dos smartphones cedidos para o trabalho, para checking de atividades comerciais suspeitas. Além disso, 11 medidas novas serão tomadas, incluindo os padrões para contratação e revisão das avaliações do pessoal.
Além dessa ocorrência em Hiroshima, registraram-se vários outros escândalos, incluindo casos que resultaram em penas de prisão e manipulação fraudulenta de preços na negociação, o que ameaça abalar a confiança não só dessa empresa mas do sistema financeiro como um todo.
Fontes: Asahi e NHK
