Entre as pessoas acusadas de furto, 95,9% das mulheres presas com idade igual ou superior a 60 anos haviam levado produtos de estabelecimentos comerciais (ilustrativa/banco de imagens)
Cerca de 80% das mulheres presas no Japão no ano passado foram acusadas de furto ou violação de leis relacionadas a drogas, com a porcentagem mantendo-se quase a mesma desde 2011, de acordo com o relatório do governo sobre crimes.
Das pessoas presas com idade de 65 anos ou mais em 2023, 22,7% eram do sexo feminino, alta em 4,2 vezes ante 2004, com ansiedade sobre envelhecimento e isolamento provavelmente contribuindo para os crimes, disse o Ministério da Justiça em um documento oficial divulgado em dezembro.
O ministério conduziu uma pesquisa especial cobrindo cerca de 900 pessoas presas do sexo masculino e feminino cumprindo penas por furto ou crimes relacionados a drogas.
Entre as pessoas acusadas de furto, 95,9% das mulheres presas com idade igual ou superior a 60 anos haviam levado produtos de estabelecimentos comerciais, bem acima da porcentagem de 48,3% entre homens presos na mesma faixa etária, mostrou a pesquisa.
Das mulheres com idade igual ou superior a 60 anos acusadas de furto, 38,7% viviam sozinhas, enquanto o motivo mais comum para o ato eram “problemas para pagar as contas” a 37,4%, menos do que entre outros grupos etários.
Em relação a pessoas encarceradas por crimes relacionados a drogas, mais presas do que presos haviam sofrido abuso físico e psicológico por parte de seus cônjuges, mostrou a pesquisa.
Enquanto isso, o número de crimes reconhecidos pela polícia em 2023, excluindo infrações no trânsito que resultaram em ferimento ou morte, aumentou 17% ante o ano anterior, alta pelo segundo ano consecutivo, devido provavelmente à atividade aumentada após a pandemia de coronavírus, disse o ministério.
Fonte: Japan Today
