Japão comemora: fabricação tradicional do saquê é patrimônio cultural imaterial

Este ano, a UNESCO, com a comissão reunida no Paraguai, anunciou que a fabricação tradicional do saquê foi considerada patrimônio cultural imaterial por unanimidade.

Bebida tradicional do Japão, saquê (PM)

Pouco antes das 4h de quinta-feira (5), no horário do Japão, e 16h de quarta-feira (4) no local, a Comissão Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que está reunida em Luque, no Paraguai, declarou o registro da “fabricação tradicional do saquê”, do awamori e do shochu, como patrimônio cultural imaterial, como resultado da avaliação unânime.

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A UNESCO reconheceu o valor das técnicas únicas desenvolvidas pelos produtores tradicionais, que têm uma história de mais de 500 anos. Numa altura em que o consumo interno está diminuindo, os envolvidos esperam aproveitar o registro como uma oportunidade para expandir as exportações, revitalizar as regiões produtoras e transmitir essa tecnologia única.

A agência de avaliação da UNESCO que conduziu a revisão preliminar recomendou o registro em novembro. Ressaltou que o conhecimento e as técnicas de produção tradicional de saquê “têm um forte significado cultural para a sociedade”. Concluíram que o saquê é essencial para eventos japoneses, como festivais e casamentos, e que a produção dessa bebida única contribui para a coesão das comunidades locais, tornando-o adequado para registro.

Como é a fabricação tradicional do saquê, bebida fermentada, como um vinho de arroz

Processo de preparação do Koji, essencial para a fabricação do saquê (Min. Cultura do Japão)

A fabricação tradicional de saquê é uma antiga técnica japonesa que usa o fungo Koji (Aspergillus oryzae) para fermentar as matérias-primas como o arroz cozido no vapor. Foi refinado pelas mãos de mestres da fermentação de diversas regiões e transmitido de geração em geração. O método de fabricação, que permite que múltiplas fermentações ocorram simultaneamente no mesmo recipiente, é considerado uma raridade no mundo.

Sawanotsuru (沢の鶴), uma empresa de fabricação de saquê localizada em Nada-ku, cidade de Kobe (Hyogo), foi fundada em 1717 durante meados do período Edo e, embora a fábrica tenha sido mecanizada, ainda mantém os métodos tradicionais, como cozinhar arroz no vapor, fazer koji e fermentação, com técnicas de fabricação de saquê e alguns produtos que são fabricados manualmente. Caso ainda não tenha provado esse saquê, vale a pena.

Ishiba comemora

Fábrica de saquê Sawanotsuru ainda conserva os métodos tradicionais de fabricação (NHK)

Com esse registro, o Japão obteve a declaração do 23.º título de patrimônio cultural imaterial, como o teatro Noh, washoku (culinária típica) ou a Furyu-odori.

“Estou verdadeiramente feliz. Protegeremos as técnicas tradicionais que foram transmitidas de pessoa para pessoa em várias partes do Japão e as transmitiremos para a próxima geração, bem como o processo de fabricação tradicional de saquê para as pessoas não apenas no país, mas também no exterior. Gostaríamos de difundir a conscientização e apoiar os esforços dos envolvidos, a fim de levar à revitalização regional e à maior expansão no exterior”, declarou o primeiro-ministro, Shigeru Ishiba.

Fontes: ANN e NHK

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Com ajuda de IA, Japão quer combater pirataria de animes e mangás

Publicado em 4 de dezembro de 2024, em Sociedade

Cerca de 70% de sites de pirataria que oferecem conteúdo japonês operam em idiomas estrangeiros incluindo inglês, chinês e vietnamita, dizem editoras japonesas.

Mangás à venda em loja (ilustrativa/banco de imagens)

O Japão está planejando usar IA (inteligência artificial) para policiar sites de pirataria de anime e mangá os quais figuras de destaque da cultura pop acusam de custar a elas bilhões de dólares em lucros perdidos todos os anos.

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Há pelo menos mil sites oferecendo ilegalmente downloads gratuitos de conteúdo japonês, a maioria relacionado a mangás que é reconhecida mundialmente, afirmou um grupo de editoras domésticas no início deste ano.

Contudo, sob um esquema piloto de ¥300 milhões (US$2 milhões) proposto pela agência cultural do Japão, a IA vai passar o pente fino na web para sites que pirateiam livros de mangá e quadrinhos de anime, usando um sistema de imagem e detecção de texto.

“Detentores de direitos gastam muito em recursos humanos tentando detectar manualmente conteúdo online pirateado”, disse a representante da agência cultural Keiko Momii na terça-feira (4).

A iniciativa se destaca no pedido de orçamento suplementar da agência para este ano fiscal que acaba em março.

Ela é inspirada por um projeto similar na Coreia do Sul e se tiver êxito também poderia ser aplicada a outros filmes e músicas compartilhados ilegalmente.

O Japão, local de nascimento de histórias em quadrinhos e desenhos épicos como “Dragon Ball” e franquias de games do “Super Mario” ao “Final Fantasy”, vê as indústrias criativas como um condutor de crescimento a par com metais e semicondutores.

Em sua estratégia revisada “Cool Japan” divulgada em junho, o governo disse que visa aumentar as exportações desses patrimônios culturais para ¥20 trilhões até 2033.

Cerca de 70% de sites de pirataria que oferecem conteúdo japonês operam em idiomas estrangeiros incluindo inglês, chinês e vietnamita, dizem editoras japonesas.

Em 2022, os setores de jogos, anime e mangá japoneses arrecadaram ¥4,7 trilhões do exterior – perto de exportações de microchips a ¥5,7 trilhões, mostram dados do governo.

Fonte: Japan Today

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