O Japão não está progredindo em vacinações contra HPV (Vírus do Papiloma Humano), que causa câncer cervical.
Desde janeiro deste ano, a vacina contra HPV foi introduzida nos programas de imunização nacional em 137 países, mais de 70% dos 194 estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 59 dos 137 países, não apenas mulheres, mas também homens, são elegíveis para receber a vacina, visto que não é apenas o sexo feminino que pode ser infectado pelo HPV.
Os homens estão sob risco de cânceres anal e peniano causados pelo HPV. Além disso, visto que o HPV é uma infecção transmitida sexualmente, espera-se que vacinações para homens ajudem a prevenir câncer cervical.
Embora os homens não estejam sujeitos a vacinações de rotina contra HPV no Japão, alguns governos locais, como o de Tóquio, estão encorajando homens a se vacinarem ao fornecer seus próprios subsídios públicos.
Metas da OMS
A OMS tem a finalidade de eliminar câncer cervical e estabeleceu uma meta de 90% de cobertura de vacinação contra HPV entre garotas de até 15 anos de idade até 2030.
De acordo com relatórios da OMS e da Unicef, a cobertura mundial de imunização contra HPV para garotas de 9 a 14 anos desde 2019 era de 15% para a “cobertura final de imunização”, que é a conclusão das doses múltiplas exigidas, e 20% para a “primeira cobertura de imunização”, que se refere à conclusão da primeira dose.
Taxa de vacinação do Japão é de 0,3%
Os 5 países com taxas de vacinação final acima de 90% são: Turcomenistão a 99%, México, a 95%, Ruanda a 94%, Noruega a 91% e Brunei a 90%.
Entre principais países, alguns têm altas taxas de vacinação: 83% no Canadá, 82% no Reino Unido e 79% na Austrália, enquanto outros registram baixa proporção: 40% na Itália, 39% nos EUA e 24% na França.
Enquanto isso, a taxa de vacinação do Japão é de 0,3%. O governo japonês, desde 2019, deixou de recomendar ativamente doses contra HPV por meio de cartões-postais e de outras maneiras, e a taxa de inoculação foi extremamente baixa, ficando no antepenúltimo lugar entre 99 países para os quais dados estavam disponíveis.
A frequência de reações adversas graves reportadas para a vacina contra HPV é de 3 a 5 a cada 10 mil pessoas.
“A segurança e eficácia de vacinações contra HPV foram confirmadas e queremos garantir que todos saibam disso” disse o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.
Fonte: Mainichi