A empreiteira LP Staff, com sede em Tóquio, encerrou suas atividades até 30 de dezembro e entrará com pedido de falência, com uma dívida de 447,08 milhões de ienes, até o fim do ano fiscal encerrado em abril de 2024.
A empresa apresentava pessoal (haken) para as indústrias de manufatura e logística, concentrada em estrangeiros, como brasileiros, demais sul-americanos e vietnamitas, principalmente na província de Shizuoka.
No primeiro ano, encerrado em abril de 2019, registrou faturamento de 350,8 milhões de ienes. Desde então, as atividades expandiram rapidamente, chegando ao faturamento bruto de 2,277 bilhões de ienes no ano fiscal encerrado em abril de 2023.
No ano fiscal encerrado em abril de 2024, embora tenha aumentado o número de locais a enviar mão de obra e contratado mais trabalhadores, as vendas caíram repentinamente para 2,226 bilhões de ienes. Devido à queda no faturamento, a empresa não conseguiu absorver os custos e apresentou um déficit final de 98,01 milhões de ienes, caindo em insolvência. Desde então, as condições dos negócios não melhoraram e o fluxo de caixa da empresa atingiu o seu limite, resultando na situação atual.
Sem 2 meses de salários
Segundo uma fonte do jornal Shizuoka Shimbun, a empreiteira LP Staff cancelou os contratos com os trabalhadores estrangeiros por volta de 28 de dezembro, mas há suspeita de que não tenham recebido os salários correspondente a novembro.
Até 6 de janeiro ainda não havia sido pagos os salários atrasados, embora tenha apelado à utilização do “Sistema de Pagamento de Substituição de Salários Não Pagos”, no qual o governo paga até 80% dos salários em caso de falência.
Acredita-se que o valor total desses salários não pagos seja de pelo menos dezenas de milhões de ienes.
Os ex-funcionários, a maioria vietnamitas, estão consultando o Escritório de Inspeção de Padrões Trabalhistas de Iwata e a embaixada vietnamita no Japão sobre como lidar com a situação.
Brasileiros, vietnamitas e japoneses, como ficam após falência
A empreiteira tinha bases na cidade de Kakegawa (Shizuoka) e em Tóquio, e apresentou centenas de funcionários, incluindo vietnamitas, brasileiros e japoneses, para as indústrias de manufatura e embalagens em toda a província.
O plano é transferir essa atividade para uma outra empreiteira da província de Aichi e incentivar os ex-trabalhadores a aceitarem.
“Não podemos responder às entrevistas”, disse uma pessoa da equipe para o Shizuoka Shimbun, alegando que o presidente e outros membros administrativos estão ausentes.
Fontes: Tokyo Shoko Research e Shizuoka Shimbun