A polícia no Brasil prendeu uma mulher que enfrenta acusações de triplo homicídio após várias pessoas de sua família terem sido envenenadas com um bolo de Natal que tinha altas concentrações de arsênio, disse a polícia na segunda-feira (6).
Três mulheres morreram e outros 3 parentes adoeceram após comerem o bolo durante uma reunião da família em 23 de dezembro de 2024, em Torres, município no Rio Grande do Sul (RS).
O oficial da polícia responsável pela investigação, Marcos Veloso, disse em uma coletiva de imprensa na segunda-feira que havia “forte evidência” incriminando a mulher que foi presa.
Sua identidade não foi revelada pela polícia, mas a mídia brasileira divulgou que ela era a nora da mulher que preparou o bolo.
Análises de especialistas encontraram altos níveis de arsênio – um elemento tóxico que ocorre naturalmente na natureza – no sangue das vítimas, nas fatias do bolo que sobraram e na farinha usada para prepará-lo.
Veloso disse que membros da família haviam notado um sabor “picante” e “desagradável” no bolo. A mulher que o preparou pediu que os familiares parassem de comê-lo, mas era tarde demais.
Seis familiares foram hospitalizados. Duas irmãs, de 58 e 65 anos, assim como a filha de 43 anos da irmã mais velha, morreram dentro de horas uma da outra.
A terceira irmã, de 61 anos, que preparou o bolo, ainda está internada, mas sua condição de saúde é estável, de acordo com atualização médica mais recente.
O marido de uma das irmãs que morreu e um menino de 10 anos – cuja mãe e a avó estavam entre as pessoas que faleceram – receberam alta do hospital.
A diretora de polícia forense do RS, Marguet Mittman, disse que “altas concentrações de arsênio foram encontradas nos corpos das 3 vítimas”.
“Para se ter uma ideia, 35 microgramas são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia uma concentração 350 vezes maior”, acrescentou ela.
Em relação ao motivo por trás do bolo mortal, Veloso disse que a família tinha uma relação “muito harmoniosa”, mas com “diferenças” de longa data que poderiam explicar a origem do crime.
A polícia também pediu a exumação do corpo do ex-marido da mulher que preparou o bolo. Sua morte em setembro de 2024 foi atribuída a “intoxicação alimentar” e não foi investigada.
Fonte: Straits Times