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Os presidentes da Fuji TV, Koichi Minato e Shuji Kano, renunciaram após serem responsabilizados por um escândalo envolvendo o apresentador Nakai Masahiro.
Presidente Koichi Minato à esquerda, e o CEO, Shuji Kano, à direita, anunciam sua renúncia (Imagem: NHK)
Em resposta ao escândalo envolvendo o apresentador Nakai Masahiro e uma mulher, que foi amplamente noticiado pela mídia, a Fuji TV realizou uma reunião de emergência em 27 de janeiro.
Durante a reunião, foi decidido que o presidente Koichi Minato e o CEO, Shuji Kano, renunciariam devido à sua responsabilidade pelos eventos.
Ambos se desculparam publicamente e reconheceram a falta de consciência em relação aos direitos humanos e à transparência no processo. O caso foi amplamente divulgado nas mídias japoneses nos últimos dias, principalmente pelo fato da Fuji TV aparentemente ter permitido diversas vezes o ato de “oferecer” mulheres para diretores, famosos e outras pessoas influentes dentro da empresa.
O caso envolve um incidente com Nakai, que ocorreu no ano passado, e a mídia relatou que um acordo financeiro havia sido feito para resolver a situação. No entanto, o escândalo continuou a afetar a reputação da Fuji TV. Em uma conferência de imprensa realizada às 16h, cerca de 400 jornalistas estavam presentes, e ambos os executivos pediram desculpas, expressando arrependimento pela forma inadequada como o caso foi tratado.
Minato reconheceu que a resposta inicial da empresa foi falha, especialmente em relação à falta de transparência na conferência de imprensa de 17 de janeiro. Além disso, ele afirmou que o incidente envolvendo Nakai e a mulher poderia ser considerado uma violação dos direitos humanos, destacando falhas na comunicação interna e na forma como a situação foi manejada.
Quando questionado sobre o envolvimento de Hisashi Hieda, ex-presidente da empresa e atualmente conselheiro, Minato afirmou que Hieda não estava envolvido nas discussões sobre o caso, ressaltando que o problema começou no nível operacional e não foi discutido com Hieda.
O vice-presidente da Fuji TV, Ryunosuke Endo, também falou sobre o papel de Hieda na crise, sugerindo que a responsabilidade pelos erros recairia sobre os membros da diretoria e que a investigação de uma comissão externa ajudaria a determinar as medidas corretivas necessárias.
Quanto à alegação de envolvimento de funcionários da Fuji TV no incidente, a empresa afirmou que, embora soubesse do problema desde junho de 2023, os funcionários não estavam envolvidos diretamente no evento que causou a crise.
Minato também se desculpou publicamente e reiterou o compromisso da empresa em cooperar com a investigação e evitar futuras falhas. Ele destacou que, apesar da renúncia dos presidentes, outras responsabilidades seriam atribuídas conforme as conclusões da investigação.
O caso teve início quando, no mês passado, as revistas “Woman Seven” e “Shukan Bunshun” publicaram reportagens sobre uma controvérsia envolvendo Nakai e uma mulher, afirmando que um acordo de compensação havia sido feito para resolver o problema. Em resposta, várias emissoras de TV interromperam ou cortaram cenas de programas de Nakai.
Mais tarde, o apresentador admitiu publicamente o ocorrido, mas as críticas à sua conduta não cessaram, resultando em sua saída de todos os programas em que participava. Na semana seguinte, Nakai anunciou sua aposentadoria das atividades artísticas, assumindo total responsabilidade pela situação e pedindo desculpas à mulher envolvida.
Fonte: NHK
