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As vendas de champanhe estão em queda em todo o mundo, reflexo de um momento global em que as pessoas não sentem vontade de “brindar”.
Um relatório do Comitê de Champagne, que representa mais de 16 mil produtores e 320 marcas, revelou que os embarques da bebida da França caíram cerca de 10% em 2023, totalizando 271 milhões de garrafas. Essa é a segunda queda consecutiva.
O relatório aponta que a retração está ligada a fatores como a alta inflação, que leva os consumidores a economizarem, e um clima de incerteza global, com conflitos, crises políticas e dificuldades econômicas, especialmente em mercados-chave como os Estados Unidos e a França.
Maxime Toubart, co-presidente do Comitê de Champagne, destacou: “Com a inflação, conflitos mundiais e incertezas econômicas, agora não é o momento de celebrar“.
Na França, as vendas domésticas caíram 7%, com 118 milhões de garrafas comercializadas. A situação foi agravada pelo cenário político, incluindo as eleições de 2023, que resultaram em um parlamento sem maioria clara.
Grandes marcas como a LVMH, que controla nomes icônicos como Dom Pérignon e Veuve Clicquot, já haviam alertado para um ano desafiador em 2024. A LVMH relatou uma queda de 15% nas vendas de champanhe no primeiro semestre de 2023.
Além disso, o setor enfrenta os desafios das mudanças climáticas, com temperaturas extremas e geadas precoces na região de Champagne, que resultaram em uma das piores colheitas desde 1957.
Em resposta, marcas como Telmont têm adotado práticas agrícolas sustentáveis para atrair consumidores conscientes.
Fonte: CNN