
Paradisíaca Santorini está se transformando em ilha fantasma (PM)
O governo da Grécia declarou estado de emergência em Santorini devido a onda de sismos: foram mais de 7,7 mil abalos em 10 dias, desde 26 de janeiro a 4 de fevereiro, na zona marítima entre essa ilha e a vizinha de Amorgos, também um destino turístico popular, disse o laboratório de sismologia da Universidade de Atenas (EKPA).
Segundo diversos veículos de imprensa, mais de 11 mil dos 17 mil residentes já deixaram a ilha de Santorini, seja por balsa, seja por aviões, e o número de voos deverá aumentar. Está se tornando uma ilha fantasma.
Milhares de terremotos subaquáticos sacodem a ilha turística por mais de uma semana, seguidos por uma nova onda de sismos, incluindo um de magnitude maior que 5.
Risco de terremoto e tsunami deixa países vizinhos em alerta
Um relatório recente de pesquisadores da Middle East Technical University (METU) destaca descobertas críticas sobre riscos das ondas maléfica em Santorini e no Mar Egeu.
O alerta sobre a possibilidade de alturas significativas de ondas em certas áreas é ao redor das ilhas de Santorini, Amorgos, Astypalaia e Anafi. Esses riscos elevados estão vinculados à atividade sísmica em andamento na região, que começou em 28 de janeiro de 2025.
No caso de terremotos com magnitude maior que 6,5, que poderiam desencadear movimentos verticais no fundo do oceano, a possibilidade de um tsunami se torna mais provável. No entanto, Yalciner enfatizou que os esperados no Egeu não seriam comparáveis às ondas massivas vistas em oceanos como o Pacífico.
“Tsunamis no Egeu e no Mediterrâneo não atingiriam as alturas extremas vistas em lugares como Japão e Indonésia, onde as ondas podem ultrapassar 30 a 40 metros”, esclareceu.
Israel, Turquia e Grécia estão se preparando para a possibilidade de ondas massivas atingirem suas costas em meio a preocupações sobre um possível terremoto diante dos milhares de sismos recentes na região.
No passado, terremotos e tsunami
A região do Egeu, conhecida pela atividade sísmica frequente, testemunhou vários terremotos poderosos ao longo da história. O professor Ahmet Cevdet Yalciner do METU Earthquake Engineering Research Center destacou os terremotos de 1956, onde dois tremores significativos, medindo 7,4 em magnitude, causaram ondas de tsunami, levando a danos graves nas ilhas. Os efeitos dessas ondas massivas foram sentidos em várias áreas costeiras da Turquia e, incluindo a Península de Bodrum, Datca, Baía de Gulluk e Didim.
Vulcão de Santorini continua sendo uma ameaça potencial

Países em alerta de possível tsunami (Goolge Maps)
Apesar das descobertas tranquilizadoras gerais, o Professor Yalciner alertou que o Vulcão de Santorini ainda pode representar uma ameaça, especialmente no caso de uma erupção vulcânica. Embora a probabilidade de um tsunami resultante de tal erupção permaneça baixa, as cinzas vulcânicas podem interromper as viagens aéreas e ter outros impactos significativos na atmosfera da região.
Não há motivo imediato para alarme
Yalciner tranquilizou o público, afirmando que não havia motivo imediato para alarme.
Cientistas gregos e turcos estão monitorando de perto a atividade sísmica do vulcão marinho Palumbo e de tsunami com equipamentos avançados, garantindo que a situação seja bem compreendida. Ele também destacou que a atividade vulcânica na Ilha de Santorini não aumentou significativamente no momento.
A pesquisa prevê que, à medida que as atividades sísmicas continuam, alguns locais no nordeste da Ilha de Santorini podem sofrer ondas massivas maiores do que as projetadas no relatório. Esta região, abrangendo cerca de 2,5 mil quilômetros quadrados, é monitorada de perto para ameaças dessas ondas.
Fontes: La Nacion, Turkey Today, Jerusalem Post, El Periódico, The Times of Israel, Euro News e BBC