Fim do noivado entre Honda e Nissan anunciado na 5.ª feira

Cada um dos CEOs das duas montadoras anunciaram as respectivas decisões de desistir do ‘noivado”.

Logos das duas montadoras (NTV)

O romance entre as duas montadoras japonesas – Honda e Nissan – que começou em novembro do ano passado e evoluiu para o noivado foi breve.

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No fim da tarde de quinta-feira (13) elas anunciaram que cada uma seguirá seu caminho, o que já era esperado pois quando a Honda propôs a compra de todas as ações da concorrente para torná-la uma subsidiária, o noivado foi ameaçado. Afinal, além de ter que entregar todo o dote ainda teria que ficar submissa nessa relação.

As duas montadoras concordaram em encerrar as considerações sobre o casamento comercial entre elas, com anúncios feitos individualmente.

A Honda Motor e a Nissan Motor assinaram um memorando de entendimento em 23 de dezembro de 2024 rumo à integração das duas empresas, sinalizando o relacionamento duradouro, mas o noivado foi desfeito.

Nissan tem orgulho

CEOs da Honda e da Nissan e fim do relacionamento (NHK)

A considerada representante da indústria automobilística do Japão, a então Nippon Sangyo, um sonho realizado por Yoshisuke Aikawa, que havia estudado nos Estados Unidos, quando só via automóveis estrangeiros – Ford e GM – trafegando no país durante os períodos Meiji e Taisho. Uma holding fundada por Yoshisuke Ayukawa, com investimentos da Nippon Sangyo e da Tobata Casting, fundou uma empresa de fabricação de automóveis em 26 de dezembro de 1933.  

Em junho do ano seguinte, ainda em Yokohama (Kanagawa), a indústria mudou de nome para Nissan. 

Vale lembrar que a Toyota Motor foi fundada em 1937, portanto, a Nissan tem seu “orgulho” de ter sido a pioneira na indústria automobilística japonesa.

Noivado e submissão

Não à proposta de casamento (PM)

Quando a Honda manifestou o desejo de comprar as ações da concorrente ainda na fase de noivado, ela se opôs pois buscava um casamento igualitário. A partir daí abriu-se uma fenda nessa relação, com a Nissan correndo o risco de continuar sozinha na sua reestruturação, pois as condições não são boas: demissão de 9 mil funcionários no mundo, fechamento de plantas no exterior e atraso no desenvolvimento de veículos elétricos (VE).

“Se nos tornássemos uma subsidiária integral da Honda, não estávamos convencidos até o final sobre até que ponto nossa autonomia seria protegida e se o potencial da montadora poderia realmente ser maximizado, e por isso não pudemos aceitar esta proposta”, disse o presidente da Nissan, Makoto Uchida, explicando sobre o fim do noivado

Por outro lado, “esperávamos que a proposta de troca de ações fosse uma decisão muito difícil para a Nissan. O que tememos mais do que isso é que a integração das duas empresas não progrida suavemente e que caiamos em uma situação ainda mais séria no futuro. Para evitar que isso aconteça, decidimos propor (retirar a consideração da integração empresarial) neste momento atual”, declarou Toshihiro Mibe, CEO da Honda.

A Honda deu importância à velocidade e propôs tornar a Nissan uma subsidiária. A Nissan, por outro lado, não viu nenhum benefício em se tornar submissa e a relação foi por água abaixo.  

Com o rompimento do noivado, o CEO da Mitsubishi Motors, Takao Kato, que considerava participar dessa fusão, comentou que “foi um tanto quanto decepcionante”.

Ghosn sobre a Nissan

O então CEO da Nissan, Carlos Ghosn, e que mudou a história, tanto dessa montadora quanto da Mitsubishi, mas foragido da justiça japonesa há 5 anos, vivendo no Líbano, disse em 23 de janeiro “francamente, eu me pergunto como isso vai acabar”, em relação à possível fusão das duas montadoras. E comentou também se a Nissan terá talentos para enfrentar os desafios.

Fontes: NTV, Response e NHK

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Europol informa prisão de 4 hackers russos, em operação conjunta com 14 países

Publicado em 13 de fevereiro de 2025, em Notícias do Mundo

A Europol informou sobre a prisão de 4 hackers russos que espalharam ransomware e cometeram extorsão em larga escala foram presos como parte de uma operação transnacional.

Foto meramente ilustrativa de um hacker (PM)

A Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol), divulgou na quarta-feira (12), sobre a identidade de 3 dos 4 presos, todos hackers russos: Roman Berezhnoi, 33, Egor Nikollajevic Klepov, 39, e Evgeny Putitsin, 42.

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Dos dois, Putitsin foi preso na Coreia do Sul e extraditado para os Estados Unidos, onde está sendo julgado desde novembro do ano passado, enquanto Berezhnoi e Klepov foram presos e indiciados em 10 deste mês.

Eles são suspeitos de implantar uma variante do ransomware conhecida como Phobos para extorquir pagamentos de alto valor de vítimas em toda a Europa e em diversos países, incluindo o Japão.

Segundo a Europol, os 4 russos são suspeitos de extorsão de aproximadamente mil vítimas, incluindo escolas, hospitais e outras empresas, arrecadando cerca de 16 milhões de dólares americanos, entre maio de 2019 e outubro de 2024.

O grupo de hackers ao qual os 4 pertenciam operava sob nomes como 8Base e Affiliate 2803, usando o Phobos para criptografar computadores e arquivos mantidos por essas instituições, e depois exigia dinheiro para descriptografá-los.

Europol explica sobre os danos dos 8Base e Phobos

Foto ilustrativa do logo da Europol no prédio (PM)

A 8Base é uma operação de ransomware relativamente nova que intensificou suas atividades no verão de 2023. Desde então, o grupo assumiu a responsabilidade por ataques de alto perfil ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e à Comissão de Pesca Marinha dos Estados Atlânticos.

O ransomware Phobos foi detectado pela primeira vez em 2018. Ao contrário de outros grupos de ransomware de alto perfil que têm como alvo grandes corporações, o Phobos depende de ataques de alto volume contra pequenas e médias empresas que geralmente não têm as defesas de segurança cibernética necessárias para se protegerem.

O grupo de hackers fez algumas modificações no Phobos para maximizar a eficácia dos ataques, explicou a Europol. Os 27 servidores que estavam em uso foram desligados.

Agências policiais de 14 países nessa operação

Foto meramente ilustrativa de ransomware (PM)

A Europol explicou que a investigação foi realizada com a cooperação de agências de segurança pública de 14 países, incluindo Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido e Alemanha, e que, por meio disso, a polícia de cada país conseguiu enviar alertas a mais de 400 empresas ao redor do mundo para responder à invasão.

Fontes: Chuo Nippo, Tokyo Shimbun e Euro News

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