
Imagem: Fashion Snap
A Shiseido, uma das maiores empresas de cosméticos do Japão, anunciou um prejuízo líquido de 10,8 bilhões de ienes no ano de 2024, sendo este o primeiro déficit registrado em quatro trimestres.
Em contraste, a empresa havia reportado um lucro de 21,7 bilhões de ienes no período anterior. Essa queda significativa deve-se a “dívidas” de 12,8 bilhões de ienes relacionado a custos financeiros de marcas vendidas anteriormente.
Os dividendos esperados para o segundo semestre de 2024 foram revistos de 30 para 10 ienes por ação, o que reduz a distribuição anual de 60 para 40 ienes.
Com a previsão mantida para o ano fiscal de 2025, os dividendos continuarão a ser 20 ienes para cada semestre. A Shiseido afirmou que essas decisões foram tomadas após análise das suas condições financeiras e fluxo de caixa, visando maximizar os retornos no longo prazo.
O recuo nas finanças é atribuído à desaceleração econômica na China, um de seus principais mercados, além do não previsto provisionamento de 12,8 bilhões de ienes.
Para o próximo ano fiscal, a Shiseido projeta um lucro líquido de 6 bilhões de ienes e um lucro operacional de 13,5 bilhões de ienes, significativamente abaixo da média de 40,5 bilhões de ienes esperados por analistas consultados pela Bloomberg.
Com a diminuição do consumo, as receitas no mercado chinês devem cair cerca de 10% em relação ao ano anterior. Além disso, a queda no consumo por turistas chineses afetará as vendas no setor de varejo de viagem, com previsão de retração de aproximadamente 15%.
O CEO da Shiseido, Kentaro Fujiwara, afirmou que não está otimista sobre as perspectivas para ambos os setores, mas espera que a empresa alcance a recuperação e volte a crescer dentro deste ano fiscal.
Em conclusão, a Shiseido pretende fortalecer sua base financeira globalmente com uma redução de custos, estimada em 65 bilhões de ienes, entre 2024 e 2026, abrangendo cortes em custos de produção e mão de obra. As projeções para o lucro operacional principal da empresa permanecem estáveis em 36,5 bilhões de ienes, próximas ao nível do ano passado.
Fonte: Bloomberg