
Foto meramente ilustrativa de um míssil (PM)
Uma análise de imagens de satélite das forças de projéteis da China feita pelo Instituto do Japão de Fundamentos Nacionais (Kokkiken), uma fundação de interesse público, revelou que o número de bases de mísseis com alcance para atingir o Japão tem aumentado nos últimos anos.
A pesquisadora japonesa Maki Nakagawa publicou os resultados da análise em 28 de fevereiro, informou o Yomiuri de sábado (2).
Desde outubro de 2020, a 655.ª Brigada da Província de Jilin construiu uma nova guarnição e implantou bases de mísseis balísticos Dong Feng (DF)-17, capaz de transportar armas hipersônicas de deslizamento difíceis de detectar, em uma posição que coloca todo o Japão dentro do alcance.
Em outras palavras, acredita-se que tenha uma alta capacidade de penetrar na rede BMD (ballistic missile defense ou defesa do míssil balístico) do Japão.
As imagens obtidas em janeiro de 2024 também revelaram uma garagem que pode acomodar 38 plataformas de lançamento móveis (TEL).
Desde 2019, TELs equipados com mísseis de cruzeiro supersônicos CJ-100 também foram confirmados na 656.ª Brigada na Província de Shandong. As imagens obtidas em maio de 2024 também mostram que há terras em processo de nivelamento, sugerindo que há uma possibilidade de que novas expansões das instalações estejam em planejamento.
Os mísseis de cruzeiro da categoria GCLM (CJ-10 e CJ-100) da China têm a característica de poder voar autonomamente por longas distâncias e atacar alvos com extrema precisão, mas sua baixa velocidade o torna vulnerável à interceptação.
Entretanto, o novo CJ-100 tem uma alta velocidade de Mach 4 e é altamente capaz de penetrar na rede BMD.
“A qualidade e a quantidade de mísseis da China capazes de penetrar o sistema de defesa do Japão estão aumentando”, destacou a pesquisadora.

Pesquisadora apresentando novos dados (divulgação)
Fontes: divulgação e Yomiuri