
O Google considerou o movimento “lamentável” e afirmou que analisaria a ordem cuidadosamente antes de responder (ilustrativa/banco de imagens)
Na terça-feira (15), o órgão regulador da concorrência do Japão ordenou que a gigante norte-americana de tecnologia, Google LLC, interrompesse a prática de exigir injustamente que fabricantes de smartphones pré-instalem seus aplicativos de busca e navegador, infringindo a lei antitruste.
A Comissão de Comércio Justo do Japão pede que a empresa revise seus contratos e evite condutas semelhantes no futuro.
Em sua primeira ordem de cessação e desistência contra uma das gigantes da tecnologia conhecidas como GAFA, a comissão concluiu que a empresa, que domina o mercado de buscas online, havia prejudicado indevidamente a concorrência no país.
O Google considerou o movimento “lamentável” e afirmou que analisaria a ordem cuidadosamente antes de responder. A empresa também argumentou que os fabricantes japonesas de smartphones e operadoras de telecomunicações não são “obrigados a realizar transações” com ela.
Desde julho de 2020, o Google exigiu que seis fabricantes de smartphones que usam seu sistema operacional Android pré-instalassem o aplicativo de busca do Google e o navegador Chrome, posicionando-os em locais designados na tela inicial como condição para oferecer a Google Play Store, de acordo com a comissão.
Esses contratos abrangiam pelo menos 80% dos dispositivos Android vendidos no Japão.
A comissão ordenou que o Google envolvesse advogados e terceiros em suas reformas, com relatórios de progresso a serem submetidos periodicamente ao órgão regulador durante cinco anos.
A medida ocorre em meio ao impulso de medidas antitruste contra grandes empresas de tecnologia na União Europeia e nos Estados Unidos, onde reguladores estão trabalhando para reprimir práticas monopolísticas que sufocam a concorrência, limitam a escolha do consumidor e prejudicam concorrentes menores.
Fonte: Mainichi