
Nissan encerrará produção em Wuhan devido a vendas fracas e concorrência local (ilustrativa/banco de imagens)
Nissan Motor Co. decidiu encerrar a produção de automóveis em sua planta localizada em Wuhan, província de Hubei, na China, até o final do ano fiscal de 2025, conforme informações de fontes confiáveis.
Embora a fábrica na China continental tenha uma capacidade de produção anual de 300 mil unidades, sua taxa de operação caiu para menos de 10% devido a vendas fracas, resultado do crescimento de montadoras chinesas.
Prevê-se que a Nissan enfrentará seu pior déficit da história, acelerando assim as medidas de reestruturação.
A planta de Wuhan fechará após apenas aproximadamente 3 anos de operação desde sua inauguração em 2022.
A fábrica produzia carros estratégicos globais da Nissan, como o veículo elétrico Ariya e o SUV X-Trail. No entanto, sua produção anual dessas unidades foi de cerca de 10 mil no período 2022 e 2023, informaram as fontes.
Desde 2024, a fábrica também produziu veículos elétricos para a parceira de joint venture da Nissan na China, Dongfeng Motor Corp., para aumentar a taxa de operação.
A previsão é que o lucro líquido da Nissan para o ano fiscal que termina em março de 2025 seja um déficit de ¥750 bilhões, o pior da companhia.
Em 2024, o volume de vendas da Nissan na China caiu 12% em relação ao ano anterior, totalizando um volume fraco de 700 mil unidades, metade das vendas de 2018, antes da pandemia de COVID-19.
A Nissan planeja compensar a queda nas vendas exportando 100 mil carros produzidos na China por ano, mas tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos e pela Europa podem aumentar a incerteza desse plano.
Além disso, a Nissan também encerrou a produção em outra planta chinesa em Changzhou, província de Jiangsu, em junho de 2024.
Após o fechamento planejado da fábrica de Wuhan, o número de bases de produção da Nissan na China será reduzido para quatro.
Em fevereiro deste ano, a Nissan anunciou que reduziria sua capacidade de produção na China de 1,5 milhão de unidades para 1 milhão.
Contudo, a capacidade ainda é considerada excessiva. “Consideraremos o fechamento adicional de plantas”, afirmou um alto funcionário da Nissan.
Fonte: Yomiuri