
Governo japonês rejeita proposta de corte no imposto de consumo, defendida pelo partido Komeito, para mitigar impactos da inflação (ilustrativa/banco de imagens)
O governo do Japão, liderado pelo primeiro-ministro Shigeru Ishiba, decidiu não reduzir a taxa de imposto de consumo como forma de mitigar os efeitos da inflação e das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Fontes próximas à situação afirmam que Ishiba já comunicou a decisão aos altos funcionários do governo, refletindo preocupações de que um corte no imposto poderia limitar o espaço fiscal do país.
Em uma conferência de imprensa em Tóquio, o chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, destacou que o imposto de consumo, atualmente fixado em 8% para alimentos e bebidas e 10% para outros itens, é uma fonte crucial de receita para o Japão, altamente endividado. “Reduzir a alíquota não seria ‘apropriado'”, afirmou Hayashi.
Apesar da resistência do Partido Liberal Democrata, seu parceiro de coalizão, o partido Komeito, sugere a redução do imposto sobre alimentos como medida para aliviar a carga sobre as famílias antes das eleições para a Câmara dos Conselheiros neste verão.
Ishiba também destacou a necessidade de consultar o partido sobre o assunto. “Considerando que a receita do imposto de consumo é designada como uma fonte importante para sustentar o sistema de seguridade social, acreditamos que não é apropriado reduzi-la”, ressaltou Hayashi.
Mudar a taxa de imposto tende a ser um tema divisivo e requer que o primeiro-ministro possua capital político suficiente.
A coalizão governista planeja listar os itens que deverão compor um novo pacote econômico antes das eleições para a câmara alta.
Com o presidente dos EUA, Donald Trump, impondo tarifas mais altas sobre importações, afetando a economia orientada para exportação do Japão, o maior partido da oposição pressiona pela remoção do imposto de consumo sobre alimentos por um ano.
Fonte: Mainichi