
O Japão está considerando o fim da isenção de impostos para pequenas encomendas, como as da Shein e Temu (banco de imagens)
O Japão está considerando uma revisão de isenções de taxas para pequenas encomendas incluindo aquelas enviadas da China, se juntando a uma série de governos que estão aumentando o controle sobre um canal isento de impostos usados pela Shein e Temu da PDD Holdings.
Um grupo especialistas em impostos do governo discutiu na semana passada problemas relacionados às isenções de impostos existentes para pequenas encomendas enviadas ao Japão, de acordo com o Escritório do Gabinete.
Eles analisaram preocupações sobre competição justa e o canal sendo um veículo para drogas e produtos falsificados entrarem no país.
Se isenções forem revisadas, pequenas encomendas que contêm produtos comprados da Shein e Temu enviados ao Japão poderão estar sujeitas ao imposto sobre consumo do país, que em sua maioria situa-se a 10%.
Encomendas com valor inferior a ¥10 mil (US$69) são atualmente isentas de forma ampla. Um painel separado estabelecido pelo Ministério das Finanças também está analisando questões similares.
“Nada foi decidido ainda sobre revisar a isenção”, disse o ministro das Finanças, Katsunobu Kato, aos repórteres na terça-feira (20). “Mas continuaremos a considerar isso enquanto analisamos casos no exterior e os impactos que eles constataram”.
A deliberação do Japão sobre pequenas encomendas é a mais recente escalada no escrutínio global sobre a lacuna tarifária que a Shein e Temu vêm dependendo há anos para vender produtos baratos aos consumidores no mundo.
A ação do presidente dos EUA, Donald Trump, que revogou a isenção de impostos chamada “de minimis” para pequenas encomendas da China no início deste mês, inspirou outros governos a examinarem isenções similares.
A remoção da isenção de impostos de minimis dos EUA já forçou a Shein e a Temu a cobrarem preços mais altos para certos produtos.
Eliminar a isenção de impostos também poderia ser benéfico para as finanças públicas do Japão.
O número de pequenas encomendas enviadas ao país aumentou em cinco vezes nos últimos 5 anos, de acordo com o Ministério das Finanças, alimentadas em parte por um auge da era da pandemia no comércio eletrônico transnacional.
Fonte: Japan Times