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A coqueluche, que provoca forte tosse persistente e é especialmente perigosa para crianças, está em ascensão no Japão.
Segundo o Instituto do Japão para Segurança de Saúde (JIHS), até 27 de abril, 2176 novos casos foram relatados em apenas uma semana, um aumento de 292 comparado à semana anterior, marcando o quinto aumento consecutivo e histórico.
O total de casos para este ano já ultrapassou 11 mil, mais que o dobro registrado em 2022.
O chefe do departamento de doenças infecciosas do Centro Médico Pediátrico Metropolitano de Tóquio, Horikoshi Yuko, destacou que a diminuição na imunidade coletiva devido às medidas de combate à COVID-19 contribuiu para a alta nos números de coqueluche.
Ele ainda pontua que a resistência bacteriana e a transmissão por indivíduos assintomáticos agravam a situação, alertando que o real número de infectados pode ser várias vezes maior.
O risco é especialmente alto para bebês de até seis meses, que ainda não foram vacinados, elevando as chances de casos graves e fatais, como um ocorrido com um bebê de um mês sem condições pré-existentes.
As autoridades pedem que os pais vacinem seus filhos a partir dos dois meses de idade, além de considerar a vacinação de familiares, dependendo da situação epidemiológica local.
Em tempos de surtos significativos, a vacinação de gestantes é outra estratégia considerada, repassando anticorpos ao recém-nascido, conforme pesquisas lideradas por uma equipe do Ministério da Saúde do Japão, ligada à Universidade Pública de Osaka, que comprovaram a eficácia dessa abordagem.
Os estudos ressaltam que a prática já é adotada na Europa e América, sendo promissora também no Japão.
Com autoridades recomendando a vacinação para prevenir quadros graves e interromper a disseminação massiva, o Japão reitera o apelo pela imunização preventiva iniciada aos dois meses de vida.
Fonte: NHK