
Pedidos do Nomade foram além do esperado, desde o início das vendas em 3 de abril (reprodução)
Suzuki, a montadora japonesa sediada na província de Shizuoka, anunciou, na segunda-feira (12), seus resultados financeiros para o ano fiscal de 2024, mostrando que o lucro operacional foi recorde, devido ao aumento do volume de vendas e ao iene enfraquecido.
Por outro lado, para os resultados financeiros deste ano fiscal (2025), a montadora espera que o lucro operacional diminua em 22%, devido à valorização esperada do iene e ao impacto das políticas tarifárias dos EUA.
As vendas aumentaram 8,7% em relação ao ano fiscal anterior, para 5,8251 trilhões de ienes ou 39,24 milhões de dólares. O lucro operacional, que representa o saldo positivo do negócio principal, aumentou 30,2%, para 642,8 bilhões de ienes.
Ambos os números foram os melhores de todos os tempos. Os motivos são: além do aumento das vendas de veículos no Japão e no Paquistão, o enfraquecimento do iene ajudou.
Suzuki prevê queda de lucro operacional em 2025
Por outro lado, as perspectivas de negócios para o ano fiscal de 2025 são as seguintes:
- As vendas deverão aumentar 4,7%, para 6,1 trilhões de ienes, ultrapassando o marco de 6 tri pela primeira vez na história da montadora
- O lucro operacional deverá diminuir em 22,2%, para 500 bilhões de ienes, devido à valorização esperada do iene e ao aumento dos custos trabalhistas
Em relação à política tarifária dos EUA, a Suzuki prevê que, embora não venda carros por lá, exporta motocicletas e motores de popa e, portanto, espera que isso reduza o lucro operacional em cerca de 20 bilhões de ienes.

Presidente da montadora na coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (NHK)
“As tarifas são uma questão global e devemos estar preparados para algum grau de crise econômica, mas precisamos nos esforçar para garantir vendas sólidas e minimizar o impacto”, destacou o presidente Toshihiro Suzuki.
A montadora revelou que suspendeu temporariamente suas viagens de negócios ao Paquistão, já que as operações militares continuam entre a Índia, onde a empresa tem uma fábrica, e as tensões permanecem altas mesmo após um acordo de cessar-fogo ter sido alcançado no dia 10.
Fontes: NHK, Sankei e Kuruma News