
Japão enfrenta surto alarmante de coqueluche (ilustrativa/banco de imagens)
Mais de 31 mil pessoas foram diagnosticadas com coqueluche neste ano no Japão, um aumento quase 8 vezes maior em relação ao ano passado que já ultrapassou o número recorde anual registrado em 2019, conforme dados de um instituto nacional de pesquisa em saúde mostrados na terça-feira.
As autoridades de saúde japonesas estão alertando o público sobre a infecção bacteriana altamente contagiosa que causa ataques de tosse severa, considerada por especialistas como mais perigosa em bebês e podendo resultar em morte nesse grupo etário.
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Japonês para Segurança em Saúde, um total de 31.966 casos foram detectados em todo o país desde o início do ano, com 2.970 pacientes relatados na semana encerrada em 15 de junho.
Na semana anterior, os casos semanais ultrapassaram 3 mil pela primeira vez desde 2018, quando os dados comparáveis se tornaram disponíveis.
Para fins de comparação, o número total de casos no ano passado foi de cerca de 4 mil, e os 16.845 casos registrados em 2019 foram o recorde para um ano.
Muitos dos pacientes têm 19 anos ou menos, e persistem preocupações de que os bebês possam contrair a doença de seus irmãos mais velhos em casa.
A coqueluche se espalha facilmente de pessoa para pessoa principalmente através de gotículas produzidas por tosses ou espirros.
Os primeiros sintomas geralmente aparecem de 7 a 10 dias após a infecção, como febre leve e coriza, seguidos por uma tosse persistente e um som característico ao respirar, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A pneumonia é uma complicação relativamente comum, e convulsões e doenças cerebrais ocasionalmente ocorrem, de acordo com a OMS. Antibióticos são usados no tratamento da infecção, afirma a organização.
Fonte: Japan Times