
O Japão pretende, em 2025, testar um satélite que coleta energia solar no espaço e a envia para a Terra (Crédito: bombermoon/iStock)
O futuro da geração de energia certamente passa pela energia solar. Limpa e inesgotável, tem sido utilizada cada vez mais, seja na indústria, comércio ou pelo pequeno consumidor residencial.
A ideia de uma energia não poluente e capaz de reduzir consideravelmente a conta de luz são grandes atrativos, por exemplo.
Na esteira dessa verdadeira revolução na geração de energia, alguns países saíram na frente. Hoje, China e Estados Unidos lideram a produção mundial. Somados, passam de 1000 GW de energia gerada, seguido por Índia e Japão.
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O Brasil ocupa o sexto lugar e está crescendo, sendo que em 2024 ficou em quarto lugar entre os países que mais adicionam gigawatts de potência pico.
Entre as principais fontes, estão as usinas solares e sistemas de geração própria, como aqueles de placas fotovoltaicas instalados em telhados, fachadas e terrenos.
Contudo, o Japão está prestes a revolucionar a maneira de captação de energia. A ideia, anunciada em 2024 e planejada para ser colocada em prática ainda em 2025, é o lançamento de um satélite capaz de receber energia solar do espaço e enviar para nosso planeta por meio de micro-ondas.
Características do satélite
O experimento foi capitaneado pelo instituto de pesquisa japonês Japan Space Systems. Koichi Ijichi, consultor do instituto, em fala na Conferência Internacional sobre Energia do Espaço, explica que se trata de uma usina de energia solar espacial em miniatura: “Será um pequeno satélite, de cerca de 180 quilos, que transmitirá cerca de 1 quilowatt de energia a uma altitude de 400 quilômetros “, explica.
O satélite batizado de OHISAMA, que significa algo como “luz do Sol”, será equipado com um painel fotovoltaico de cerca de 2 metros quadrados que carregará uma bateria.
A energia armazenada é então convertida em micro-ondas, depois transmitida pelo satélite e então recepcionada por uma antena na Terra, mais especificamente na cidade de Suwa, no Japão. A transmissão durará alguns minutos.
A energia gerada é pouca, contudo, capaz de alimentar um eletrodoméstico do porte de uma máquina de lavar louças por aproximadamente uma hora.
Um desafio, porém, é que a bateria do satélite levará dias para recarregar uma vez que descarregue completamente. Porém, é um grande avanço e nada impede que escale em proporção num futuro próximo.
A grande vantagem é a captação solar 24 horas por dia, sem depender do clima, por exemplo. Logo, o satélite se beneficiará de um dos principais tipos de energia solar, que é a fotovoltaica.
Logo, o satélite se beneficiará de um dos principais tipos de energia solar, que é a fotovoltaica.
Trata-se de uma grande esperança para suprir a demanda crescente por energia elétrica renovável, principalmente em países como grandes parques industriais, como o próprio Japão, a China, Estados Unidos e também Brasil.







