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Uniqlo se posiciona contra furtos cometidos por estrangeiros: quer indenização por danos

| Sociedade

A Uniqlo anunciou que buscará indenização por todos os danos causados por furtos cometidos por estrangeiros, como vietnamitas e outros, incluindo brasileiros.

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Uniqlo

Foto ilustrativa de uma fachada (PM)

Em resposta a uma série de incidentes de furtos cometidos por grupos de estrangeiros, a Fast Retailing, empresa operadora da rede de roupas Uniqlo, anunciou este mês que planeja buscar indenização por todos os danos causados pelos ladrões identificados por meio de processos civis. 

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Os furtos também são comuns em farmácias por todo o país, com danos anuais estimados em mais de 300 bilhões de ienes. Ainda há poucos casos de empresas que foram vítimas e que buscam indenização, mas, diante desses últimos acontecimentos, grupos do setor são da opinião de que “o número de empresas que buscam indenização aumentará”.

Furtos sob recompensa

Três mulheres vietnamitas na faixa dos 30 e 40 anos, que foram presas pela Polícia da Província de Osaka no ano passado, por furtos de roupas de uma loja Uniqlo na cidade de Osaka teriam declarado que ouviram “serão recompensadas” e a alegação foi de “fiz para subsistência”. 

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As três vietnamitas viajavam entre o Japão e Vietnã sob instruções de um indivíduo no país de origem, recebendo a compensação de 170 a 210 mil ienes por viagem. Foram confirmados 37 casos de furtos em lojas da Uniqlo em 4 províncias, incluindo Osaka, Hyogo e Tóquio, com danos totais de cerca de 12,3 milhões de ienes. “Conseguimos dinheiro suficiente para viver por 3 a 4 meses”, declarou uma das ladras.

Em relação aos furtos em grupo cometidos por vietnamitas, estão ocorrendo repressões em todo o país. A Polícia da Província de Fukuoka anunciou em fevereiro do ano passado que havia prendido quatro homens e mulheres após confirmar perdas totalizando aproximadamente 20 milhões de ienes em 8 províncias, visando principalmente as lojas Uniqlo.

De acordo com um resumo da Agência Nacional de Polícia (NPA), nos últimos anos, os vietnamitas representam cerca de 50 a 70 por cento dos estrangeiros presos por furtos em lojas no país.

Brasileiros também cometem furtos na Uniqlo

Segundo o levantamento da Uniqlo, os furtos vêm ocorrendo desde 2017 e a maioria é cometida por vietnamitas, mas na lista também aparecem ladrões de outras nacionalidades como chineses, coreanos, filipinos e brasileiros.

FURTOS UNIQLO

Gráfico mostra número de casos de furtos por ano, chegando a mais de 3 mil em 2017 (Sankei)

Em resposta a essa situação, a Fast Retailing, que opera aproximadamente 790 lojas Uniqlo em todo o país, anunciou que reforçaria suas medidas contra furtos.

Além de registrar um boletim de ocorrência e apresentar queixa criminal, a empresa disse que entrará com uma ação civil, incluindo um processo judicial, para recuperar os bens furtados e todos os danos relacionados aos ladrões. A empresa declarou que “tomará uma posição firme para criar um ambiente de loja onde os clientes possam comprar com tranquilidade”.

Cobrança nos tribunais: 346 bi ao ano

De acordo com a Organização Nacional de Prevenção de Furtos em Lojas (Tóquio), uma ONG que trabalha para combater furtos em lojas e tem cerca de 160 empresas e organizações associadas, incluindo a Uniqlo, o valor dos danos causados ​​por furtos em lojas no país é estimado em cerca de 346 bilhões de ienes por ano, mas poucas empresas reivindicam indenização por furtos nas suas lojas.

De acordo com a pesquisa da organização, apenas 10,9% na pesquisa de 2024 responderam que estavam entrando com pedidos de indenização. O número permaneceu quase inalterado na pesquisa de 2010, de 8,8% (28 empresas).

Um representante de relações públicas da Fast Retailing disse que eles não poderiam divulgar o número de casos de furtos, a quantidade de danos ou a “taxa de perda desconhecida” de produtos, incluindo aqueles perdidos devido a furtos, mas explicou que a empresa vem tomando medidas como reeducação de funcionários e instalação de câmeras de segurança há vários anos e que “a situação melhorou consideravelmente”.

No entanto, como os furtos ainda continuam, a empresa revelou que decidiu fortalecer os procedimentos civis como um “passo a mais para erradicá-los”.

uniqlo processo

Foto ilustrativa de tribunal (PM)

Fonte: Sankei


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