Imagem do drone da AIST, do dia 3 quando a pluma vulcânica subiu a 5 mil metros (Minami Nippon Shimbun)
No Monte Shinmoe (Shinmoedake), nas montanhas Kirishima, na divisa das províncias de Kagoshima e Miyazaki, onde a atividade vulcânica continua pela primeira vez em 7 anos, a atividade eruptiva se mudou do nordeste para o sudeste da cratera.
De acordo com uma investigação de uma agência especializada, descobriu-se que, após a erupção do dia 3, quando a pluma vulcânica levantou-se a 5 mil metros de altura, a fileira de aberturas se moveu do nordeste para o sudeste da cratera.
O Shinmoedake entrou em erupção continuamente de 27 de junho a 7 de julho. Depois de uma pausa, voltou à atividade entre 7 e 10 deste mês.
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Como vem sofrendo erupções de magma em grande escala desde 2018, a cratera está coberta de lava espessa. Acredita-se que tenha fumaça subindo dos buracos na lava e dos espaços entre a cratera e a lava.
Shinmoedake, na divisa entre as duas províncias (Google Maps)
De acordo com as imagens das observações de drones capturadas pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada (AIST), de Tsukuba (Ibaraki), a fumaça estava subindo do nordeste no dia 3, mas no dia 4, outra fumaça preta estava subindo do sudeste, indicando que o local da atividade da erupção havia mudado.
No dia 6, foi observado o momento da explosão e capturado o fenômeno da fumaça saindo da cratera sudeste, fluindo horizontalmente pela encosta.
A temperatura da fumaça é baixa, em torno de 60 a 80 graus, mesmo perto da cratera. O pesquisador do AIST, Ariya Ikenaga, especializado em geologia vulcânica, disse: “Um fluxo piroclástico é um fenômeno no qual a fumaça ascendente flui para baixo devido à gravidade. É difícil avaliar se a erupção do dia 6 foi um fluxo piroclástico”.
De acordo com a Agência de Meteorologia do Japão (AMJ), se o Shinmoedake entrar em erupção na sexta-feira (11), espera-se queda de cinzas nas cidades de Yusui e Isa, localizadas a noroeste da cratera.
“As pessoas podem ficar menos vigilantes se as erupções que expelem cinzas vulcânicas continuarem por muito tempo. Mas, enquanto o magma continuar a se acumular profundamente, precisamos permanecer vigilantes, supondo que uma erupção na escala de 2011 ou 2018 possa acontecer a qualquer momento”, apontou o professor Takao Ominato, do Instituto de Pesquisa de Terremotos da Universidade de Tóquio, que conhece a atividade vulcânica de Shinmoedake.
Fontes: Minami Nippon Shimbun e NHK
