
Ishiba decepcionado (NHK)
O Japão teve eleições no domingo (20) e os resultados foram divulgados na segunda-feira (21). Foram decepcionantes e vergonhosos para o primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, do Partido Liberal Democrata (PLD), pois ele e a coalizão não conseguiram garantir sequer 50% dos assentos dos parlamentares para a Câmara dos Conselheiros, uma câmara superior da Dieta.
Na 27.ª eleição o PLD e o Komeito, aliado, elegeram apenas 47 conselheiros (equivalente a senador no Brasil), o que, quando combinado com os 75 assentos que não foram disputados, os dois partidos de coalizão somaram 122 parlamentares. Não conseguiram garantir 50 cadeiras e amargaram uma derrota histórica.
O partido governista passa a ser minoria na Câmara dos Conselheiros após a grande derrota nas eleições para a Câmara dos Representantes no outono passado.
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Em resumo: a oposição garantiu 78 cadeiras disponíveis que somadas às 48 não disputadas, resultam em 126 parlamentares.
Ainda assim, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, que também é presidente do PLD, anunciou que permanecerá no cargo, citando uma grande responsabilidade como o “maior partido do país”. O governo pretende pedir cooperação aos partidos da oposição para ampliar a coalizão, mas não há uma perspectiva clara para isso, pois querem que renuncie.

Resultado final mostra oposição com mais cadeiras (NHK)
Esta é a primeira vez que o PLD, fundado em 1955, perdeu a maioria na Dieta e há apelos dentro do partido para que o primeiro-ministro renuncie.
Após as eleições, como fica o combate ao aumento dos preços
A questão principal na campanha eleitoral era como combater o aumento dos preços. O primeiro-ministro criticou os partidos de oposição por todos proporem uma redução no imposto sobre o consumo. No entanto, respondeu dizendo que irá oferecer benefício no valor entre 20 e 40 mil ienes por pessoa, mas o apoio não avançou.
Um dos motivos de sua vergonhosa derrota talvez tenha sido sua incapacidade de satisfazer a ansiedade do povo, seus eleitores. Além disso, não conseguiu negociar o tarifaço de Trump, deixando os empresários decepcionados.
Fontes: NHK, Yomiuri e Nikkei







