
Crise de sarampo nos EUA: 1.277 casos e 3 mortes em 2025 (ilustrativa/banco de imagens)
Em 2025, os Estados Unidos registraram sua pior epidemia de sarampo em mais de 30 anos, segundo dados divulgados na segunda-feira (7) pela Universidade Johns Hopkins.
A crise vem à tona em meio a críticas ao Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., acusado de alimentar o ceticismo quanto à vacina tríplice viral, considerada altamente eficaz.
O sarampo, uma doença séria e altamente contagiosa, antes eliminada do país por causa das vacinas, começou a ressurgir em um cenário de queda nas taxas de vacinação e desconfiança crescente nas autoridades de saúde.
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Um total de 1.277 casos foi confirmado desde o início do ano em quase 40 dos 50 estados americanos, com o Texas sendo responsável por mais de 60% do surto, segundo a universidade.
O total de casos nos EUA é o mais alto desde 1992
Até o momento, a epidemia já fez três vítimas fatais — todos não vacinados — incluindo duas crianças pequenas. Especialistas declararam que o número real de casos pode estar subestimado, expressando preocupação com a subnotificação.
A última morte infantil relacionada ao sarampo nos EUA ocorreu em 2003, três anos após o sarampo ter sido declarado oficialmente erradicado por causa das vacinações. O último grande surto aconteceu em 2019, em comunidades judaicas ortodoxas de Nova Iorque e Nova Jersey, com 1.274 casos, mas sem mortes.
O secretário de saúde dos EUA é criticado por exacerbar a crise
O secretário de saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., é criticado por exacerbar a crise de saúde ao disseminar medo sobre a vacina tríplice viral, afirmando falsamente que ela é perigosa e contém resíduos fetais.
A epidemia surgiu em janeiro em uma área rural do Texas, onde uma comunidade menonita cristã, conhecida por seu ceticismo vacinal, foi particularmente impactada.
Além disso, a ressurgência do sarampo em 2025 também afetou o vizinho Canadá e o México, com surtos mais intensos que o habitual.
Mais de 3,5 mil casos e uma morte foram registrados no Canadá, a maioria na província de Ontário. No México, quase 2,6 mil casos e nove mortes foram relatados, conforme informações da Organização Pan-Americana da Saúde.
Fonte: Straits Times







