
Os EUA informaram à Unesco que se retirarão da agência em 2026, alegando causas sociais divisivas e foco em desenvolvimento sustentável (banco de imagens)
Os Estados Unidos informaram à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, ou Unesco, que irão se retirar da agência.
A decisão dos EUA de sair da Unesco será efetivada em 31 de dezembro de 2026, de acordo com a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, que declarou na terça-feira (22) que “o envolvimento contínuo na Unesco não está no interesse nacional dos Estados Unidos”.
Bruce acrescentou que “a Unesco trabalha para promover causas sociais e culturais divisivas e mantém um foco desproporcional nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.
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Ela afirmou que a agenda da organização está “em desacordo com nossa política externa América Primeiro”.
A declaração também critica a decisão da Unesco de admitir a Palestina como “estado membro”, descrevendo-a como “contrária à política dos EUA e que contribuiu para a proliferação de retórica anti-Israel dentro da organização”.
Essa decisão remete à administração do presidente Donald Trump, que também retirou os EUA da Unesco em 2018. Os Estados Unidos retornaram à agência em 2023, sob a administração do presidente Joe Biden.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, expressou profundo pesar pela decisão dos EUA, afirmando que as alegações feitas “contradizem a realidade dos esforços da agência, principalmente no campo da educação sobre o Holocausto e na luta contra o antissemitismo”.
Contudo, ela destacou que o anúncio “já era esperado, e a Unesco se preparou para isso”, mencionando que a agência “empreendeu importantes reformas estruturais” e diversificou suas fontes de financiamento.
Fonte: NHK







