Ex-jogador da seleção brasileira de vôlei e a caminhonete usada por ele quando foi assassinado (reprodução: Mídia News)
O ex-jogador de vôlei, da seleção brasileira, Everton Fagundes Pereira da Conceição, conhecido como “Boi”, de 46 anos, morreu assassinado.
O crime ocorreu na noite de quinta-feira (10), em Cuiabá, capital de Mato Grosso. Ele foi morto a tiros enquanto dirigia sua caminhonete VW Amarok, por volta das 23h30, no bairro Paiaguás, região oeste da capital.
De acordo com informações da polícia, Everton foi atingido por pelo menos três disparos. Após ser baleado, perdeu o controle da direção e colidiu com outro veículo, um Ford F-350. Quando equipes da Polícia Militar chegaram ao local, o ex-atleta já estava sem vida. O óbito foi confirmado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do crime. Nas gravações, a caminhonete de Everton aparece com as portas abertas próximo a um posto de combustível. Logo depois, um homem é visto deixando o local a pé. Segundo a Polícia Civil, a principal suspeita é de que o criminoso estivesse no veículo com Everton e o tenha feito refém antes de atirar.
Segundo as últimas informações, “Boi” estaria fazendo um favor para o autor do crime, que a Polícia Civil diz ser o empresário Idirley Alves Pacheco, o qual continua foragido.
De acordo com o delegado Rogério Gomes, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa, o suspeito teria convencido Everton a entrar na Amarok para ajudá-lo a levá-la a um determinado local.
Uma mulher procurou a delegacia para relatar que seu ex-marido teria sequestrado Everton pouco antes do homicídio, utilizando o mesmo carro onde ele foi encontrado. Ela que foi casada com o procurado estava em um relacionamento com o ex-jogador de vôlei. A polícia analisa que o amigo armou uma emboscada.
A família se despediu do “Boi” na cidade de Várzea Grande (MT), no sábado (12), horário do Brasil.
Everton e sua carreira no vôlei, incluindo o Japão
Everton começou no vôlei ainda na adolescência e rapidamente chamou atenção por seu porte físico, altura (1,97m) e potência ofensiva. Com apenas 16 anos, foi convocado para a Seleção Brasileira infanto-juvenil e integrou a equipe que conquistou o título mundial de 1995, em Porto Rico. No ano seguinte, também foi campeão sul-americano da categoria, no Paraguai.
A performance nas categorias de base o lançou para o vôlei profissional, onde teve uma carreira com passagens marcantes por clubes nacionais e internacionais, como Fiat/Minas, Suzano, São Caetano e Vôlei Futuro.
Fora do país, passou por ligas da Espanha, da Argentina e do Japão. No clube japonês NEC Blue Rockets, foi um dos principais pontuadores da liga e se consolidou como referência ofensiva.
Ao retornar ao Brasil, no fim dos anos 2000, encerrou a carreira no Cuiabá Vôlei Clube, onde também se envolveu com projetos de formação esportiva.
Fontes: Agenda do Poder, Mídia News, Record e Metrópoles
