Premiê do Japão (Wikimedia)
Segundo o jornal Mainichi, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba informou às pessoas próximas, na quarta-feira (23), que pretende apresentar sua renúncia até agosto. O motivo é o resultado das eleições para a Câmara dos Conselheiros, com derrota do Partido Liberal Democrata (PLD).
Ele havia dito que não iria renunciar, mas está sofrendo pressão para que tome essa decisão.
No mesmo dia, o primeiro-ministro deve se reunir com o conselheiro-chefe do PLD, Taro Aso, o vice-presidente Yoshihide Suga e o ex-primeiro-ministro Fumio Kishida para discutir seu próprio futuro.
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No entanto, há uma possibilidade de que o momento da decisão mude, já que há crescentes pedidos de renúncia, além das críticas dentro do seu próprio partido depois que ele anunciou sua intenção de continuar no cargo imediatamente após a derrota esmagadora do PLD nas últimas eleições.
Organizações locais do PLD, de todo o país, estão pedindo a renúncia do primeiro-ministro e uma reformulação da estrutura partidária. Os legisladores de médio e alto escalão e os mais jovens estão pedindo uma reunião conjunta de ambos os conselhos do parlamento, o segundo maior órgão decisório do partido depois da convenção do partido, e uma resolução para antecipar a eleição presidencial do PLD.
Renúncia ou não depende da extremamente incomum reunião com 3 ex-primeiros-ministros
Taro Aso, Yoshihide Suga e Fumio Kishida, todos ex-primeiros-ministros (Wikimedia)
Diante dessa situação, Ishiba planeja trocar opiniões com Aso e os outros dois ex-primeiros-ministros e buscar entendimento. É incomum que um primeiro-ministro em exercício se encontre com seus antecessores no mesmo lugar. Uma fonte do governo disse: “O primeiro-ministro Ishiba está disposto a abaixar a cabeça diante dos três”.
Seiji Kihara, presidente do comitê de campanha eleitoral, indicou sua intenção de renunciar assim que a investigação e o resumo forem concluídos, e ele também será responsável por decidir sobre o futuro do primeiro-ministro, que também é presidente do partido. Um alto funcionário do governo disse: “Assim que o resumo for divulgado, o poder executivo terá que fazer um julgamento completo sobre a responsabilidade”.
Se o primeiro-ministro renunciar, será realizada uma eleição para nomear um primeiro-ministro na sessão extraordinária da Dieta programada para o mês que vem. Mas, com o PLD em minoria, não há garantia de que o presidente do partido se torne primeiro-ministro.
Para ter tempo de consultar os partidos da oposição sobre a nomeação do primeiro-ministro, Ishiba está considerando anunciar sua intenção de renunciar depois de agosto.
Fontes: Mainichi e Nikkei
