
Na imagem, a embarcação científica de perfuração em águas profundas do Japão, chamada Chikyu (Wikimedia Commons/Gleam)
O Japão pretende iniciar em janeiro a extração de minerais de terras-raras do leito oceânico, no que será o teste mais profundo desse tipo já realizado, informou na quinta-feira (3) o diretor de um programa de inovação do governo.
A iniciativa surge em um momento em que o país se comprometeu, junto aos Estados Unidos, Índia e Austrália, a garantir um suprimento estável de minerais críticos, à medida que crescem as preocupações sobre o domínio da China em recursos vitais para novas tecnologias.
As terras-raras, 17 metais difíceis de extrair da crosta terrestre, são utilizadas em uma variedade de produtos, desde veículos elétricos até turbinas eólicas e mísseis.
A China responde por quase dois terços da produção mundial de terras-raras e 92% da produção global refinada, segundo a Agência Internacional de Energia.
A embarcação científica de perfuração em águas profundas do Japão, chamada Chikyu, conduzirá um “cruzeiro de teste” para recuperar sedimentos do fundo do mar que contêm elementos de terras-raras, de acordo com Shoichi Ishii, diretor do Programa de Promoção de Inovação Estratégica Transministerial do Japão.
“O teste para recuperar sedimentos de uma profundidade de 5,5 mil metros é o primeiro no mundo“, afirmou Ishii. “Nosso objetivo desta missão é testar a funcionalidade de todos os equipamentos de mineração”, acrescentou ele, enfatizando que a quantidade de sedimentos extraída “não importa.”
A Chikyu começará seu trabalho nas águas econômicas japonesas ao redor da remota ilha de Minami Torishima, no Pacífico, o ponto mais a leste do Japão, também utilizado como base militar.
Fonte: Japan Times