
Trump adota tom mais crítico em relação a Putin e impõe ultimato de 50 dias para acordo na Ucrânia, sob pena de tarifas (banco de imagens)
O presidente Donald Trump declarou na segunda-feira (14) que vai impor tarifas à Rússia caso não haja um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia em 50 dias, exemplificando sua crescente frustração com o presidente russo Vladimir Putin.
Trump fez o anúncio durante uma reunião no Salão Oval com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. “Vamos aplicar tarifas muito severas se não tivermos um acordo em 50 dias”, disse o presidente republicano, mencionando que estas seriam “tarifas secundárias”, visando os parceiros comerciais da Rússia para isolar Moscou na economia global.
“Se não tivermos um acordo em 50 dias, é muito simples, e elas [as tarifas] serão de 100%”, afirmou Trump. “Uso o comércio para muitas coisas”, acrescentou ele. “Mas é ótimo para resolver guerras.”
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Envio de armamentos para a Ucrânia
Além da ameaça de tarifas, Trump e Rutte discutiram um reforço no fornecimento de armas dos Estados Unidos. Aliados europeus planejam comprar equipamentos militares e transferi-los para a Ucrânia. Trump destacou que serão adquiridos “bilhões e bilhões” de dólares em armamentos.
Trump, conhecido por sua relação amistosa com Putin, repetiu várias vezes após tomar posse em janeiro que a Rússia estava mais disposta que a Ucrânia a fechar um acordo de paz.
Ao mesmo tempo, acusou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de prolongar a guerra e de ser um “ditador sem eleições”.
No entanto, os constantes ataques russos a áreas civis na Ucrânia esgotaram a paciência de Trump. Em abril, Trump pediu que Putin “parasse!” os ataques letais a Kiev, e no mês seguinte publicou na mídia social que o líder russo “ficou completamente louco” enquanto os bombardeios continuavam.
A Rússia tem bombardeado cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev, com centenas de drones e mísseis de cruzeiro e balísticos aos quais as defesas aéreas da Ucrânia lutam para resistir.
Trump confirmou que os EUA estão enviando à Ucrânia importantes mísseis de defesa aérea Patriot e que a União Europeia (UE) pagará aos EUA pelos “diversos equipamentos muito sofisticados” de armamento.
Embora a UE não possa, segundo seus tratados, comprar armas, países membros individuais da UE podem e estão comprando, assim como países membros da OTAN.
Fonte: Japan Today







