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Visa sob pressão no Japão por práticas comerciais restritivas

| Sociedade

A Visa foi notificada pela vigilância antitruste japonesa por restringir a concorrência no mercado de cartões. A empresa deverá reformar suas práticas comerciais, após ser acusada de pressionar empresas a usar seu sistema de crédito.

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visa 23 jul 2025 destaque

Autoridades japonesas exigem que a Visa reforme suas práticas, após investigação sobre conduta anticompetitiva (banco de imagens)

A vigilância antitruste do Japão comunicou na terça-feira (22) à Visa Worldwide Pte Ltd. sobre a necessidade de reformar suas práticas comerciais, após determinar que a empresa estava restringindo e pressionando companhias de cartão a utilizar seu sistema de informações de crédito.

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Esta é a primeira ação administrativa da Comissão Japonesa de Comércio Justo contra uma empresa de cartão de crédito. A comissão concluiu que a unidade singapurense da Visa Inc., responsável pela região Ásia-Pacífico, cobrava tarifas mais altas de outras firmas de cartão de crédito que não utilizavam sua rede para conferências de crédito.

A comissão informou que a unidade da Visa já apresentou planos para melhorar suas práticas, e que esses planos foram aceitos. Com isso, a empresa foi isentada de multas ou outras medidas punitivas sob a lei antimonopólio.

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Em uma declaração, a Visa Worldwide afirmou que os planos serão cumpridos e que uma estrutura baseada em forte cumprimento normativo será mantida.

Metade da participação de mercado no Japão

De acordo com a Associação Japonesa de Crédito ao Consumidor, até 2020, a marca de cartões de crédito Visa tinha cerca de metade da participação de mercado no Japão.

Em 2024, o total de transações com cartões de crédito no país alcançou ¥116 trilhões (US$785 bilhões).

As transações com cartão de crédito envolvem uma empresa emissora e uma empresa administradora, que utilizam um sistema de referência confiável quando uma transação é realizada, conforme explicado pela vigilância.

As taxas de intercâmbio, geralmente definidas por marcas globais, são pagas pela empresa administradora à empresa emissora durante uma transação. Neste caso, a empresa emissora paga uma taxa de serviço à Visa Worldwide por prover o sistema de referência.

A Visa Worldwide aplicava tarifas preferenciais sob certos critérios, mas alterou as condições a partir de novembro de 2021, exigindo o uso de sua rede. Isso levou algumas empresas a adotar o sistema da Visa, embora mais caro do que outros.

Aumentar a receita ao excluir concorrentes do mercado

A prática da Visa buscava aumentar a receita ao excluir concorrentes do mercado. As autoridades japonesas vinham investigando alegações de que a prática violava a lei antimonopólio, que proíbe empresas de posição dominante de impor termos comerciais injustos a empresas em posição mais fraca.

As ações administrativas de terça-feira contra a Visa Worldwide não indicam que a prática “violou” a lei.

Conforme os planos submetidos à comissão, a unidade da Visa vai restaurar as condições das tarifas preferenciais para versões anteriores. Uma entidade independente, aprovada pela comissão, também verificará as melhorias e reportará à comissão nos próximos cinco anos.

Fonte: Mainichi


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