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China abre mercado para café brasileiro em meio a tarifas dos EUA

| Brasil

A China concedeu licenças para 183 empresas brasileiras exportarem café, após os EUA taxarem o produto em 50%. A medida visa diversificar mercados e ocorre em meio a crescente demanda chinesa por grãos de qualidade.

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Konishi Sangyo - Empregos no Japão
cafe 5 ago 2025 destaque

China aprova licenças para café brasileiro após tarifas dos EUA (imagem ilustrativa/PM)

A China autorizou quase 200 empresas brasileiras a exportarem café para seu mercado interno em meio a crescentes tensões comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, após a imposição de uma tarifa de 50% pelo governo americano sobre o café brasileiro.

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O anúncio feito no último fim de semana, com vigência a partir de 30 de julho, veio poucos dias depois da aplicação da nova tarifa nos Estados Unidos, que está programada para começar a valer na quarta-feira (6). Essa medida causou um impacto significativo na indústria cafeeira do Brasil, forçando exportadores a buscarem outros mercados.

A medida do governo chinês, válida por 5 anos, deve aumentar o envio de café brasileiro para um país onde a demanda está em constante crescimento.

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Embora o mercado chinês ainda seja pequeno em comparação, com importações de 530 mil sacas no primeiro semestre deste ano, sua relevância está em ascensão no cenário em que o acesso do Brasil ao mercado dos Estados Unidos enfrenta novas restrições.

Dados da indústria indicam que cerca de 85% da produção de Arábica de 2025 do Brasil, a variedade mais exportada para os EUA, já foi colhida. O café Arábica desempenha um papel fundamental no mercado americano, onde é frequentemente misturado com grãos mais suaves de outros produtores latino-americanos para agradar ao paladar dos consumidores.

O Brasil é responsável por 44% da produção mundial de Arábica, tornando-se um fornecedor difícil de substituir a curto prazo.

O volume é altamente incomum

Autoridades brasileiras celebraram a notícia das 183 novas licenças, apontando para o volume como algo altamente incomum. “Esse não é um número normal”, disse Vinícius Estrela, diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais. “As autorizações geralmente acontecem em lotes de 20 ou 30 empresas. Conseguir 183 de uma vez é um recorde.”

Ele destacou que embora o processo de negociação estivesse em andamento há meses, sua publicação no período pós-colheita ajudou os exportadores brasileiros.

Embora ajude, não substitui o mercado americano, acrescentou Estrela, dizendo que os compradores dos EUA ainda devem continuar a depender do suprimento brasileiro, apesar da tarifa.

Mas o mercado chinês, segundo Estrela, oferece mais do que apenas volume. Com a demanda por grãos de maior qualidade crescendo, o Brasil pode tentar construir uma reputação além do fornecimento em massa.

Fonte: SCMP


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