
Adriana: nova esperança contra a dor e a crise de opioides (imagem ilustrativa/PM)
Uma equipe de pesquisa da Universidade de Quioto desenvolveu um analgésico que é comparável à morfina, mas não apresenta efeitos colaterais graves.
A morfina, frequentemente administrada a pacientes com câncer, tem efeitos adversos sérios, como problemas respiratórios e vício.
Adriana, o analgésico inovador
Segundo a equipe, o novo medicamento, Adriana, é um analgésico inovador que funciona de forma completamente diferente da morfina e de outros opioides sintéticos existentes. O medicamento tem o potencial de revolucionar o controle da dor no campo médico.
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A equipe também espera que o remédio ajude a resolver a chamada epidemia de opioides, na qual um grande número de mortes ocorre principalmente devido a overdoses dessas substâncias.
Os resultados foram publicados na edição online do jornal norte-americano Proceedings of the National Academy of Sciences.
Quando uma pessoa se depara com uma situação de risco de vida, a norepinefrina, um produto químico orgânico secretado pelo cérebro, suprime a dor.
Para o estudo, a equipe se concentrou na regulação da supersecreção de norepinefrina pelo corpo humano. Ao introduzir uma nova tecnologia de pesquisa, a equipe conseguiu desenvolver um medicamento que bloqueia essa função de controle, sendo o primeiro no mundo a fazer isso.
Equipe confirmou a eficiência do novo medicamento
Em um ensaio clínico realizado no Hospital da Universidade de Quioto entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, a equipe confirmou a eficiência do novo medicamento até certo ponto para pacientes, incluindo 20 que passaram por cirurgia de câncer de pulmão.
A equipe planeja realizar um ensaio clínico nos Estados Unidos para 400 pacientes pós-cirúrgicos em 2026, visando colocar o Adriana em uso prático em 2028.
“Esperamos que o novo medicamento ajude pacientes com câncer, que anteriormente não tinham escolha a não ser usar opioides, a viver sem dor, bem como sem preocupações com vício ou efeitos colaterais graves”, disse Masatoshi Hagiwara, professor da universidade.
Fonte: Japan Times







