
Foto ilustrativa de um casal estrangeiro (PM)
A cidade de Hamamatsu (Shizuoka), que ostenta a maior população brasileira dentre todas as cidades japonesas, registrou um declínio de quase 20% no último ano. Em 1.º de janeiro deste ano, o número de residentes brasileiros registrados na cidade era de 15.685, uma queda de 3.342 em relação à mesma data do ano passado.
Acredita-se que muitos desses brasileiros tenham retornado ao Brasil após perderem seus empregos devido ao impacto da recessão global que começou nos Estados Unidos e atingiu a indústria manufatureira na parte oeste da província.
De acordo com estatísticas da cidade de Hamamatsu, o número da população brasileira registrada diminuiu em 3.830 pessoas desde seu pico em fevereiro de 2008.
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Em particular, em 2009, o declínio foi de 250 a 300 por mês. O programa governamental de apoio à repatriação, que cobriu as despesas de viagem para descendentes de japoneses que desejavam retornar ao Brasil, começou em abril, impulsionando essa tendência.
De acordo com o escritório Hello Work de Hamamatsu, 1.789 brasileiros se candidataram até dezembro do ano passado, mas muitos retornaram para o país de origem.
Queda da população brasileira versus emprego
De acordo com Carlos Zanami, 45, diretor da Associação Fureai Brasil, uma organização sem fins lucrativos (NPO) que apoia a população brasileira, “recentemente, muitas pessoas desistiram de buscar um novo emprego e estão retornando ao seu país de origem porque não sabem falar japonês ou porque se tornou difícil encontrar uma colocação depois dos 50 anos“.
Shigehiro Ikegami, 46, professor de coexistência multicultural na Universidade de Arte e Cultura de Shizuoka, presume que “muitas das pessoas que permanecem no Japão são aquelas que decidiram ficar aqui para sempre”. Analisa que buscam vagas em áreas com ofertas relativamente altas como cuidados aos idosos e agricultura.
Fonte: Job Chunichi







