
Tratado global sobre plástico não avança e preocupa especialistas (imagem ilustrativa/PM)
Resíduos plásticos de outros países asiáticos estão causando problemas sérios nas províncias ao longo do Mar do Japão.
Negociações intergovernamentais realizadas na Suíça até sexta-feira (15) buscavam estabelecer o primeiro tratado mundial sobre prevenção de poluição, mas falharam em alcançar um acordo, gerando preocupações sobre atrasos na ação contra a poluição plástica grave.
Ao mesmo tempo, o Japão é um dos maiores geradores de resíduos plásticos do mundo e está sendo solicitado a tomar medidas para manter os oceanos limpos.
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Lixo plástico proveniente da China, Taiwan e Coreia do Sul
De acordo com estimativas municipais, entre 30 mil e 40 mil metros cúbicos de lixo à deriva chegam a Tsushima (Nagasaki) anualmente. Mais da metade são produtos plásticos, sendo 54% das garrafas plásticas recolhidas no ano passado provenientes da China e Taiwan, e 38% da Coreia do Sul.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, cerca de 20 milhões de toneladas de lixo plástico acabam anualmente no ambiente global. Aproximadamente 90% disso vem de países em desenvolvimento, sendo o controle inadequado de resíduos a principal causa.
O Japão planeja fornecer assistência técnica a países asiáticos e outros para estabelecer sistemas de separação e coleta de resíduos, com a meta de treinar 10 mil funcionários encarregados do controle de resíduos.
No entanto, a redução do lixo à deriva depende, em última análise, dos esforços dos países que o geram.
O Japão ocupa o segundo lugar mundial, depois dos Estados Unidos, na geração de resíduos de embalagens plásticas per capita — 32Kg por ano, desde 2015.
Os setores público e privado estão trabalhando para reduzir a quantidade de resíduos plásticos
A Lei de Circulação de Recursos Plásticos, que entrou em vigor em 2022, exige que lojas de conveniência, hotéis, restaurantes e outros negócios formulem planos para reduzir o volume de produtos plásticos que oferecem.
No entanto, as penalidades aplicam-se apenas a grandes empresas, resultando em esforços limitados por pequenas operações.
O plástico exposto a raios ultravioleta e vento se desintegra em pequenos fragmentos chamados microplásticos, que têm menos de 5 milímetros de tamanho.
Consumir peixes que ingeriram microplásticos pode causar riscos à saúde humana.
Fonte: Japan News







