Templo Shoenji: de local sagrado a ponto de encontro de invasores (imagem ilustrativa/PM)
Um templo centenário em Osaka chamou a atenção por se tornar um foco de rumores online de caça fantasmas e invasões, após a ausência de seu sacerdote principal e as consequências de um caso criminal envolvendo seu antigo líder.
Localizado na ala de Abeno, o Shoenji tem raízes históricas profundas que remontam ao período Heian. Antes estimado pelos locais e até associado ao autor do Tsurezuregusa, Yoshida Kenko, o local está agora coberto por ervas daninhas e mistério.
Desde o final do ano passado, o templo está sem sacerdote, e o local caiu em desuso
Acrescentando ao tumulto, um edifício parcialmente construído na propriedade foi apelidado de “ponto fantasma” nas redes sociais, atraindo ondas de menores em busca de emoção e resultando em um aumento de entradas ilegais.
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A polícia intensificou as patrulhas, mas o problema continua a crescer.
A origem da situação remonta há 2 anos, quando o então sacerdote Tsujimi foi preso e sentenciado a dois anos e seis meses de prisão pelo Tribunal Superior de Osaka.
No centro do escândalo estava a grande estrutura inacabada nos terrenos do templo, que Tsujimi planejava transformar em um centro especial de cuidados para idosos para salvar as finanças vacilantes do templo. No entanto, arquivamentos falsos para a cidade de Osaka interromperam a construção, e o projeto foi abandonado.
Com o templo efetivamente sem liderança e sem gestão, o local se deteriorou, gerando rumores e histórias de fantasmas que rapidamente se espalharam online. O prédio abandonado, especialmente à noite, emite uma aura misteriosa que capturou a imaginação dos jovens curiosos.
Repórteres testemunharam vários adolescentes invadindo os terrenos, cruzando cordas e permanecendo perto da estrutura antes de entrar furtivamente. Em determinado momento, foram vistas luzes se movendo no segundo andar, apesar de o prédio estar interditado e inseguro.
Treze menores apreendidos por invasão
Desde maio, a polícia confirmou ter apreendido 13 menores por invasão. Uma inspeção no interior do edifício, conduzida com permissão do atual responsável, revelou vandalismo extenso: grafites pelos muros, janelas quebradas e indícios de estadas noturnas, como sacos de dormir e garrafas de água.
O edifício, com quatro andares, possui áreas perigosamente expostas e poços abertos que despencam até o primeiro andar, oferecendo sérios riscos aos intrusos.
Especialistas observam que o apuro do Shoenji reflete uma tendência mais ampla: mais templos em todo o Japão estão sendo deixados sem cuidados, à medida que encontrar sucessores se torna mais difícil.
Esses chamados “templos vazios” são cada vez mais visados não apenas para exploração ilegal, mas também para furtos de itens budistas e outros objetos de valor.
Fonte: KTV News
