
Especialistas apontam que pressurização do compartimento pode ter contribuído para o feito (imagem ilustrativa/PM)
Um adolescente afegão sobreviveu milagrosamente a uma perigosa jornada até a Índia, escondido no compartimento do trem de pouso de uma aeronave, apenas para ser devolvido ao Afeganistão duas horas depois.
O garoto de 13 anos, oriundo de Kunduz, estava apenas com o que parecia ser uma caixa de som vermelha e entrou sorrateiramente no aeroporto de Cabul, no Afeganistão, na manhã de domingo (22), escondendo-se na área do trem de pouso traseiro de um avião, conforme reportagens da mídia.
A intenção do adolescente era viajar para o Irã, mas entrou por engano no compartimento da roda de um voo da Kam Air com destino a Nova Déli, na Índia. O avião pousou no aeroporto indiano por volta das 10h20, horário local.
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Ele sobreviveu à viagem de 94 minutos sem ferimentos.
Funcionários da companhia aérea o viram vagando pela área restrita do Terminal 3, capturaram-no e o entregaram à Força Central de Segurança Industrial. Em seguida, ele foi levado pelas autoridades de imigração para interrogatório.
Segundo a agência de notícias PTI, o garoto revelou ter invadido o aeroporto de Cabul, seguindo os passageiros legítimos e conseguido entrar no compartimento central do trem de pouso traseiro.
Ele foi repatriado para Cabul no mesmo avião da Kam Air, que partiu por volta das 12h30, relatou a agência de notícias.
Funcionários indianos consideraram a habilidade do adolescente para se esconder no compartimento do trem de pouso uma grande falha de segurança, conforme relatórios locais.
Sobreviver dentro do compartimento do trem de pouso de um avião é extremamente raro, com a maioria dos clandestinos sucumbindo à hipóxia, hipotermia ou ferimentos causados pelos mecanismos do trem de pouso.
Após a decolagem, a porta do compartimento do trem de pouso se abre, a roda se retrai e a porta se fecha, explicou o especialista em aviação Mohan Ranganathan ao New Indian Express.
O adolescente “provavelmente entrou neste espaço fechado que pode ter sido pressurizado, mantendo uma temperatura semelhante à da cabine de passageiros“, acrescentou Ranganathan. Ele continua: “Ele pode ter se agarrado a estruturas internas para sobreviver”.
Sem tais condições, a sobrevivência a 30 mil pés seria impossível, explicou Ranganathan.
Fonte: The Independent







