
A ONU divulgou relatório que expõe a repressão crescente na Coreia do Norte (imagem ilustrativa/PM)
A Coreia do Norte intensificou a repressão, levando à execução pública de pessoas por compartilharem mídia estrangeira, de acordo com um novo relatório da ONU.
O relatório, divulgado pelo Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas na sexta-feira (12), lança luz sobre as crescentes restrições e a vigilância eletrônica que permeiam o estado isolado e armado nuclearmente.
“Nenhuma outra população enfrenta restrições tão severas no mundo de hoje”, destacou o relatório de 16 páginas, que analisou a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte desde 2014.
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Sob o regime de Kim Jong-un, o país efetivamente isolou sua população de cerca de 26 milhões de pessoas do resto do mundo.
“Hoje, a pena de morte é mais amplamente permitida por lei e implementada na prática,” afirmou o relatório, com base em entrevistas com 314 vítimas e testemunhas que deixaram o país desde 2014.
Inspeções sem aviso prévio
A vigilância se intensificou com os avanços tecnológicos, em um estado comunista onde a mídia é completamente controlada pelo governo e não existem organizações independentes da sociedade civil.
O relatório destaca que os cidadãos são obrigados a participar de sessões semanais de autocrítica, destinadas principalmente à vigilância coletiva e doutrinação.
A partir de 2018, e de forma mais intensa desde 2020, estas repressões aumentaram, com julgamentos e execuções públicas sendo utilizados para “instigar temor na população e como um dissuasor”.
As inspeções sem aviso prévio de computadores, rádios e televisões, além de buscas domiciliares, são justificadas como medidas contra comportamentos “antissocialistas” e para proteger a segurança nacional, disse o relatório.
Apesar dos riscos crescentes, há indícios de que a população norte-coreana continua a consumir informações proibidas.
Fonte: CNBC







